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Política Quinta-feira, 06 de Maio de 2021, 09:08 - A | A

Quinta-feira, 06 de Maio de 2021, 09h:08 - A | A

CPI da Covid-19:

Ministro diz que não autorizou distribuição de cloroquina para tratar Covid-19

"Desconheço que está ocorrendo distribuição de cloroquina", disse ministro

Lucione Nazareth/VGN

Reprodução

vgnotícias_Marcelo Queiroga CPI Covid

 Desconheço que está ocorrendo distribuição de cloroquina", disse ministro

 

Atualizada às 12h00 - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, depõem nesta quinta-feira (06.05) na CPI da Covid instalada pelo Senado Federal.

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Na CPI, Marcelo Queiroga assumiu o cargo de ministro da Saúde em 23 de março sob forte pressão de acelerar o processo de imunização da população.

Queiroga afirmou que vem dialogado com especialistas e entidades de Saúde para desenvolver ações de combate a pandemia. “Quando eu assumi estava na segunda onda. Então nosso grande inimigo é essa doença, coronavírus. Faltou fortalecer o Sistema Único de Saúde”, disse ao falar do avanço do vírus.

Ele declarou que está pouco tempo no Ministério e ainda não deu tempo de conhecer todos os problemas e demais demandas da pasta, focando apenas no combate a pandemia.

Segundo ele, o Governo vem adotando medidas e orientação para distanciamento social, uso da máscara, testagem em massa da população, e focando na aquisição de vacinas para evitar disseminação do vírus. “Nós não devemos aprofundar em divergências, mas focar em União para combater esse vírus (verdadeiro inimigo). Tenho procurado fortalecer o programa de vacinação e as medidas não farmacológicas (distanciamento social, uso de máscara)”.

O ministro contou que o Governo Federal “não tem um plano claro” de informação sobre o coronavírus na questão da Comunicação com a população. “Concordo de devemos investir mais na questão de publicidade para levar as ações e alertas da pandemia à população, e nós estamos fazendo isso”, declarou.

Sobre o uso da cloroquina, Queiroga negou ter recebido qualquer orientação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para indicação do medicamento para tratar o vírus, e evitou falar sem é favorável ou contrário ao pensamento do presidente. “Essa é uma questão técnica. Eu como ministro da Saúde não tenho que fazer juízo de valor da opinião do presidente. Essa questão é de natureza técnica e é assim que o Ministério da Saúde tem que tratar” ponderou.

Marcelo negou qualquer “pressão” para inserir a cloroquina no SUS para tratamento do SUS e que caberá a Conecte SUS analisar a questão. “Eu não autorizei e nem tenho conhecimento que está ocorrendo distribuição de cloroquina”.

Ele afirmou que a única recomendação que Bolsonaro passou foi investir todos os recursos no combate a pandemia, e que “deu toda a autonomia” para gerir o Ministério da Saúde. “Eu recebi autonomia do presidente. Todos no Ministério que foram nomeados têm conhecimento técnicos em Saúde”.

Sobre as medidas de restrições em Estados e municípios, o ministro disse que é preciso fazer a orientação, mas que elas devem ser adotadas pelos gestores regionais conforme o andamento da pandemia em cada localidade.

Ele afirmou que concorda com adoção de medidas de “combate” ao isolamento social, mas que não está sendo consultado pelo presidente para elaboração de decreto para acabar com “fechamento de cidades”, negando ainda desconhecer “aconselhamento paralelo” que o presidente estaria recebendo para adoção de ações contra a pandemia.

Queiroga declarou que apesar das declarações do Bolsonaro contra a vacina, a população vem buscando a se vacinar. “Logo que Anvisa aprovou a primeira vacina, a Coronavac, ela começou a ser aplicada, mas não tenho como precisar se ocorreu a demora. Todas as farmacêuticas estão tendo dificuldades em entregar as doses no prazo. A uma dificuldade de vacinas a nível mundial”.

Ainda sobre o tema, ministro disse que o Governo Federal irá adquirir vacinas somente por meio de autorização da Anvisa, e que não irá fazer qualquer compra sem essa permissão da Agência. Ele contou que o Governo tem 430 milhões doses de vacina contratadas para combater o vírus que deve ser entregue até dezembro.

“Há possibilidade de entrega de 100 milhões de dose vacina da Pfizer (contrato ainda não assinado), sendo 35 milhões em setembro” revelou, evitando comentar sobre o imbróglio do negócio na antiga gestão, mas enfatizando que hoje a relação entre a farmacêutica e Governo Federal é “excelente”.

O ministro disse desconhecer uma possível “guerra biológica”, e que espera que a questão diplomática entre Brasil e China continue “excelente” para que não atrapalhe nas tratativas para importação de insumos usados na produção de vacinas.  

Marcelo declarou o Plano de Vacinação contra Covid-19 foi elaborado em outubro do ano passado e que neste momento mudanças na questão prioritária pode prejudicar a vacinação, porém, disse que irá solicitar a avaliação da ampliação do PNI para pessoas com comorbidades.

Ele apontou que é necessário reforçar política de combate para evitar desvios de recursos na Saúde e que desconhece qualquer denúncia ou esquema que teriam ocorrido em Estados ou municípios.

O ministro afirmou que médicos no Brasil precisam de melhor qualificação, e que Governo sofre com falta de profissionais habilitados para combater pandemia, assim como também vem sendo prejudicado com decisões judiciais que obrigam fornecer medicamentos e insumos para algumas localidades deixando outras sem os itens (a qual estava reservado). 

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