O depoimento do cabo da Polícia Militar Gerson Corrêa, que ocorre desde o início da tarde desta quarta (17.07), na 11ª Vara Criminal de Cuiabá, sobre envolvimento no esquema dos grampos ilegais, tomou outro rumo. O cabo usou a oportunidade para denunciar uso de verba secreta irregular no Gaeco.
De acordo com cabo Gerson, desde a chegada do então procurador-geral Paulo Roberto Prado, foi implantada no Gaeco uma verba secreta, sem que para isso fosse necessária a prestação de contas. “Ocorria tal conduta sem nenhum tipo de fiscalização. Fatos graves se arrastam há muito tempo, desde a chegada de Paulo Roberto do Prado. Esta prática é evidente dentro do Gaeco” relata.
O militar acusa o promotor Marco Aurélio de, em 2015, procurar por alguns componentes do Gaeco para assinar documentos da verba com datas retroativas. O fato teria ocorrido no segundo semestre de 2015. “A assessora do Marco Aurélio procurou o coronel Lesco e disse que o promotor pediu para enviar documentos para assinar com data retroativa. Não havia motivo para o coronel Lesco assinar, sendo que o coronel não fazia mais parte do Gaeco” conta.
Ainda, conforme o cabo, os promotores Samuel Frungilo e Marco Aurélio de Castro discutiram na frente de todos sobre os desvios de verba do Gaeco.
De acordo com o cabo da PM, a verba secreta é depositada antecipadamente nas contas dos membros do MPE. Ele lembra que a sobra dos pagamentos que eram feitos aos militares do Gaeco ficava no cofre do Gaeco que se perdia o total ao longo do tempo.
O cabo diz que a verba secreta era usada para pagar contratos e compras pessoais. Como exemplo, ele acusou o promotor Marcos Regenold de comprar um cão de raça com dinheiro da verba secreta e ainda, do promotor Célio Wilson ter se acidentado e consertado a moto com a verba.
Ele pede para que o caso seja investigado.
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