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Política Terça-feira, 12 de Dezembro de 2023, 08:58 - A | A

Terça-feira, 12 de Dezembro de 2023, 08h:58 - A | A

Operação Espelho

Mendes "alivia" secretária e aponta responsabilidade de fiscal de contrato em esquema de cartel

"Uma secretária-adjunta lida com mais de mil processos por mês", argumenta Mauro Mendes

Adriana Assunção/VGN

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União) reagiu nessa segunda-feira (11.12) sobre a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra a secretária-adjunta de Gestão Hospitalar da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), Caroline Campos Dobes Conturbia Neves e mais 21 pessoas. Os servidores do Estado são investigados por suposto direcionado licitação na pasta para beneficiar empresas alvos da Operação Espelho – que apura “cartel da saúde” que fraudava licitações.

Ao apontar a responsabilidade do fiscal de contrato, Mendes afirma que a secretária não tem como acompanhar todos os processos que assina, segundo ele, quem tem que cuidar disso é o fiscal do contrato, o diretor ou aqueles que estão na unidade de saúde. Entretanto, a investigação do Ministério Público cita acordo celebrado com uma servidora responsável por fiscalizar contrato do Hospital Metropolitano de Várzea Grande, Keila Vanessa Silva Figueiredo. Ela detalhou a participação de Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, no esquema.

“Recebi a informação que a secretária pediu afastamento e aí vai provar na Justiça que não houve dolo da parte dela, porque uma secretária-adjunta lida com mais de mil processos por mês, quem tem que cuidar disso é o fiscal do contrato, quem tem que cuidar disso é o diretor, as pessoas que estão na unidade, seria o mesmo que responsabilizar o governador que está aqui, eu não sei 1% daquilo que acontece no Estado inteiro. Então, nós colaboramos com as investigações e vamos colaborar sempre”, declarou Mendes.

Contudo, Mendes afirma que “o erário não foi e não será prejudicado” com desvio de R$ 229.752,50 mil da Saúde com relação à inexecução dos serviços de infectologia (Contrato nº 98/2020) e de cirurgia geral (Contrato nº 102/2020) posto à disposição do Hospital Metropolitano de Várzea Grande.

“Já conhecíamos esse fato, quando foi feito uma denúncia anônima, a Secretaria pediu auditoria da CGE, a auditoria identificou que foram pagos R$ 229 mil de plantões médicos não realizados, na época a Secretaria bloqueou R$ 900 mil, ou seja, temos até mais dinheiro que aquilo que supostamente foi pago indevidamente, então, o erário não foi e não será prejudicado”, afirmou.

Mendes afirmou, ainda, que Caroline Campos pediu afastamento para responder na Justiça. Porém, conforme publicação no Diário Oficial do Estado, a servidora usufrui de Licença-Prêmio, sendo substituída por Oberdan Ferreira Coutinho Lira, que passa a responder interinamente pelo cargo de Secretário Adjunto de Gestão Hospitalar da SES.

Leia mais: Ex-servidores e advogado fazem acordos com MPE; detalharam esquema na Saúde

Adjunta da SES pode ter direcionado licitações para favorecer empresas do “cartel”; polícia investiga

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