O governador Mauro Mendes (União), em entrevista à imprensa nessa quarta (09.08), afirmou que apoiou a decisão de manter a secretária-adjunta de gestão hospitalar, Caroline Campos Dobes, no quadro de servidores do Governo de Mato Grosso, mesmo ela sendo citada na Operação Espelho. A operação, deflagrada em 2021, resultou na apreensão de R$ 35 milhões em bens de indivíduos supostamente envolvidos na formação de cartel.
A "Mulher da SES", como foi identificada na investigação, é acusada de ter orientado empresários sobre como vencer licitações.
Em resposta aos questionamentos sobre a permanência de Caroline Dobes no cargo, o governador afirmou que a decisão partiu da Secretaria de Saúde, com seu apoio. Mendes destacou que solicitou inicialmente uma análise detalhada do processo pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE), visando aferir a presença de elementos substanciais para embasar qualquer decisão a ser tomada.
“A decisão foi da Secretaria de Saúde, apoiada por mim. Porque eu pedi primeiro para a PGE fazer uma análise do que está no processo para ver a pertinência de elementos para que a gente possa tomar uma decisão”, disse.
O governador também compartilhou sua própria experiência ao ser, segundo ele, “injustamente acusado no passado, ressaltando que após dois anos de investigação, a Polícia Federal concluiu pela inconsistência das acusações contra ele”.
“Eu já fui vítima de injustiça. Eu, Mauro Mendes, fui acusado um dia injustamente, depois de dois anos, a Polícia Federal deu um veredito dizendo que estava tudo errado o que fizeram. Depois de dois anos e quatro meses o Ministério Público Federal disse, olha, estava tudo errado realmente. Nós nos equivocamos e o juiz arquivou. Só que a consequência, ela foi grande. Então, eu preciso ter clareza. Se tivermos clareza que existe alguma coisa errada, nós tomaremos as providências internas dentro do Governo”, justificou.
Segundo ele, até o momento, não dispõe de elementos suficientes para acreditar que Caroline Campos Dobes e outros indivíduos estavam envolvidos em atividades ilícitas e que, caso surjam evidências concretas de irregularidades, serão tomadas providências internas no Governo.
“Eu não vou sacrificar ninguém. Quando até o presente momento, eu não tenho nenhum elemento para achar que essas pessoas estavam fazendo alguma coisa errada. Se tiver, não tenho dúvida nenhuma. Eu não tenho compromisso com um erro, não tenho compromisso com coisa errada. Nunca mandei ninguém fazer e nunca fiz. Tenho tranquilidade para tomar uma decisão, de forma madura, de forma consciente e não cometer injustiça com ninguém”, pontuou o governador.
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