Agência STF
Ministro Gilmar Mendes
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes afirmou, afirmou que estão tentando envolve-lo de forma ilegal com os crimes de corrupção cometidos por políticos em Mato Grosso, e acusou o Ministério Público Estadual (MPE) e a Polícia Civil de terem “quebrado ilegalmente” o sigilo fiscal de seus familiares.
As declarações do ministro foram realizadas em entrevista ao “Valor Econômico”, ao falar sobre a relação de “amizade” do ministro com pessoas envolvidas em esquema de corrupção em Mato Grosso, entre eles o ex-governador Silval Barbosa que recentemente realizou acordo de delação premiada detalhamento atos de corrupção de políticos do Estado.
Sobre a relação com os políticos de Mato Grosso envolvidos nos supostos esquemas, entre o ministro da Agricultura Blairo Maggi e Silval, o ministro disse: “Tenho relação com todo mundo. Conheço todos os parlamentares, gente rica, gente pobre, mas não tenho qualquer conexão com estas falcatruas. Não estaria tendo os enfrentamentos que tenho se tivesse vulnerabilidades”, afirmou.
Na entrevista, Mendes revelou que conheceu Silval Barbosa no período em que ele era vice-governador na gestão de Blairo Maggi, e afirmou ter recebido com “surpresa” as revelações de esquema de corrupção no âmbito do governo do Estado nas gestões de Maggi e Silval.
“Para mim foi uma surpresa, eu não sabia que tinha este tipo de coisa. Tinha relação institucional, de cordialidade, mas não fazia negócio com essas pessoas. Tenho interface com o meio político há quarenta anos e não tenho como não ter convivido com essas pessoas”.
Gilmar negou qualquer relação com a Política de Mato Grosso, apesar de seu irmão ter sido prefeito de Diamantino. “Meus parentes saíram da política. Meu irmão foi prefeito [de Diamantino], nunca mais quis ser, por conta da mistura da sua pessoa com a minha. Eu não tenho influência no Mato Grosso, eu tenho influência no Brasil”.
Ainda entrevista, o ministro revelou que Ministério Público Estadual do Mato Grosso e da Polícia Civil do Estado efetuaram a quebra do sigilo fiscal de seus familiares ilegalmente. Segundo ele, a OAB/MT que informou sobre o caso, apontando ter ocorrido um vazamento maciço de dados da Secretaria da Fazenda – episódio que foi investigado pelo governo do Estado em 2014.
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