O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), minimizou o gesto polêmico realizado pelo governador Mauro Mendes (União) no domingo (06.04), na avenida Paulista, em São Paulo. O gesto causou polêmica por lembrar os de regimes totalitários. Mendes participou de um ato em favor da anistia aos presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Russi, não acredita que o gesto tenha sido intencionalmente relacionado a ideologias extremistas. "Conheço o governador Mauro Mendes, não acredito que isso tenha sido de forma intencional uma incitação a nazismo, qualquer coisa nesse sentido", afirmou, minimizando a polêmica gerada pela semelhança do gesto com símbolos de regimes totalitários.
O presidente da ALMT sugeriu ainda que o governador pode ter se empolgado com as dimensões do evento. “É um governador que atende a todo mundo, não tem distinção, não vejo num gesto, talvez num momento ali aquele empolgado, com a multidão lá, muita gente que possa ter feito. Eu não vi o gesto, como é que foi, mas eu não acredito que foi incentivo ou incitação a nada, não” ponderou.
Em relação ao uso de uma frase usada por Mendes que se assemelha ao slogan do PL "Por Deus, pela Pátria e pela Liberdade", disse Max Russi acredita que a atitude de Mendes esteja mais relacionada ao bolsonarismo em si do que ao PL, apontando uma estratégia política do governador, que almeja uma candidatura ao Senado em 2026.
“Do PL não, porque o PL tem uma outra conjuntura no Estado [...] Agora ele foi no Rio de Janeiro, agora ele foi em São Paulo [eventos de Bolsonaro], Mato Grosso é um estado, predominantemente de direita. Talvez ele tá buscando essa aproximação, esse apoio, fez um discurso, muito na linha do Bolsonaro, do bolsonarismo raiz mesmo”, concluiu o deputado.
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