O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União) considerou grave a denúncia do prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), que aponta suposta interferência de facção criminosa Comando Vermelho para financiar a compra votos na disputa pela Mesa Diretora da Câmara de Vereadores.
Abilio afirmou, sem citar nomes, que os vereadores relataram a ele ter recebido propostas de R$ 200 mil para votar em um candidato financiado pela facção criminosa.
Segundo Mauro, a primeira providência é Abilio se reunir com o secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, César Augusto de Camargo Roveri para investigar o relato de Abilio.
“Vou pedir para o secretário de Segurança, que convide o prefeito eleito, para uma conversa sobre esse assunto. É muito grave o que ele falou, a ousadia dos criminosos no Brasil não está assustando mais ninguém. (...) Prefeito combine uma agenda para conversar sobre esse assunto porque é grave essa interferência. Isso não é novidade para ninguém, não é só aqui em Cuiabá, é no Brasil inteiro. Temos que tomar providência”, declarou Mauro.
Segundo o governador, o estado brasileiro “bate cabeça” e não encontra uma solução para combater o avanço das facções criminosas, mas criticou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança Pública apresentada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva em reunião com governadores.
“Vi com muita alegria, uma convocação do nosso presidente para todos os governadores. O vice-governador Pivetta estava presente. Ao ler a proposta de emenda constitucional, nada que ao meu ver, vai contribuir para mudar esse cenário. Nada, absolutamente nada. É como se a gente tivesse um paciente com câncer. Hoje o crime organizado é um câncer e nós damos neosaldina para dor. Não é isso que vai resolver”, criticou.
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