O governador Mauro Mendes (DEM), não poupou críticas aos ex-gestores do Estado ao falar sobre a implantação do Veículo Leve sobre os Trilhos (VLT). Segundo Mauro, em 2014, o VLT foi usado pelo grupo político do ex-governador Silval Barbosa para receber propina.
A fala do governador foi durante o anúncio da troca de modal, de VLT para BRT (Ônibus de Trânsito Rápido), nas avenidas de Cuiabá e Várzea Grande, nessa segunda-feira (21.12).
De acordo com Mendes, naquela época tinha ficado decidido pelo BRT, pois se falava em um custo de R$ 600 milhões, mas estranhamente os gestores da época decidiram pela mudança do VLT, onde o custo passava de R$ 1,4 bilhão.
Segundo Mauro, essa mudança, inclusive, foi questionada pelo Ministério Público (MP/MT), em ações civis públicas que foram propostas, pois o órgão não concordava com a troca. Mas a decisão judicial demorou muito e acabou perdendo a eficácia.
O democrata lembrou que o VLT tinha oito ações na Justiça, e que dentre elas uma ação motivada pela rescisão contratual com o consórcio que era responsável pelo fornecimento dos equipamentos para execução da obra. A rescisão desse contrato se deu por prática de corrupção por essas empresas com agentes públicos, os quais já foram inclusive objeto de delações premiadas, e comprovação na Justiça.
“Essa mudança, um tempo depois ficou claro, já que houve pagamento de propina, e normalmente pagamento de propina ele está entrelado ao valor contratual”, pontuou Mauro.
Mendes reforçou que na época nunca foi apresentado pelo Governo do Estado, nenhum argumento técnico, consistente, honesto e detalhado que fundamentasse essa mudança radical de BRT para VLT. “A não ser essa que foi revelada tempos posteriores, pagamento de propina pelo consórcio para agentes públicos”, completou o governador de Mato Grosso.
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