O Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT) deve julgar na próxima quinta-feira (17.12) ação contra o governador do Estado, Pedro Taques (PSDB), por suposta prática de crimes de “compra de votos” e abuso de poder econômico nas eleições 2014. A denúncia se julgada procedente pode resultar na perda do mandato de Taques.
O processo foi proposto por Lúdio Cabral (PT), que disputou o governo do Estado contra Taques e ficou em segundo lugar na disputa. O relator da ação é o desembargador Luiz Ferreira da Silva.
De acordo com a denúncia, em 03 de maio de 2014o então candidato ao governo do Estado, Pedro Taques, teria discursado em um showmício realizado no município de União do Sul, na Fazenda Santa Tereza, propriedade de Elizeu Zulmar Maggi Scheffer (primo do senador Blairo Maggi).
No evento, conforme a denúncia, teriam sido distribuídos gratuitamente alimentos e bebidas para centenas de eleitores, além de oferecido amplo entretenimento musical, tudo supostamente “voltado à promoção extemporânea da candidatura do investigado Pedro Taques, que não teve nenhum escrúpulo em subir no palanque e fazer um exaltado discurso eleitoral”, diz trecho da denúncia.
Ainda conforme os autos, no episódio ocorreram abuso de poder político, consistente na utilização de ônibus escolar da Prefeitura de União do Sul para deslocamento de eleitores àquela fazenda, bem ainda no destacamento de contingente da Polícia Militar, que teria se ocupado da segurança daquele evento particular com conotação eleitoral.
Na ação, o primo de Maggi, Elizeu Zulmar Maggi Scheffer, que foi doador na campanha de Pedro Taques, também consta arrolado como réu.
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