A 2ª Turma Criminal do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) decidiu nesta quinta-feira (21.06) rejeitar o pedido de liberdade feito pela defesa e manter preso o bicheiro Carlinhos Cachoeira. O contraventor está preso desde 29 de fevereiro, quando foi deflagrada a Operação Monte Carlo da Polícia Federal.
Este é o segundo pedido de liberdade que o bicheiro tenta. Na última semana o TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) aceitou o pedido de soltura da defesa de Cachoeira, mas ele continuou preso no Complexo Penitenciário da Papuda porque tinha um outro pedido de prisão na Justiça do DF, resultado da operação Saint Michel.
A Operação Saint Michel é um desdobramento da Operação Monte Carlo da Polícia Federal, que investiga os braços do grupo de Cachoeira no sistema de bilhetagem eletrônica do transporte público do DF e Entorno. O bicheiro é acusado de formação de quadrilha e tráfico de influência.
Com o pedido de soltura negado, Cachoeira continua preso no Complexo Penitenciário da Papuda.
Pedido negado - O pedido de liberdade negado nesta quinta diz respeito ao processo que Cachoeira responde no DF. O pedido foi apresentado na última sexta-feira (15) e foi analisado pelo desembargador de plantão no sábado (16), Sergio Bittencourt, que negou o pedido.
O argumento da defesa é que não há mais motivos para o contraventor continuar preso, já que não oferece perigo às investigações e os outros membros da quadrilha conseguiram a soltura.
Prisão - Cachoeira está preso há mais de 110 dias. Ele foi levado de sua casa em um condomínio de luxo em Goiânia em 29 de fevereiro, seguiu para Brasília e, de lá, para um presídio de segurança máxima em Mossoró (RN).
Em abril, a defesa do bicheiro conseguiu transferência do contraventor para Brasília e ele foi levado para a Papuda no dia 18 de abril.
Na capital federal, Cachoeira divide a cela com outros 22 presos em uma área da Polícia Federal. Ele tem direito a banho de sol de duas horas por dia e só saiu da Papuda para o depoimento na CPI que leva seu nome no Congresso Nacional.
O bicheiro foi chamado para depor no dia 22 de maio, mas usou o direito constitucional de ficar calado e não explicou como funcionava o grupo de exploração de jogos ilegais que comandava.
No fim de maio, a expectativa é que o contraventor deixasse novamente a prisão para depor na Justiça Federal em Goiânia, mas a defesa conseguiu um outro pedido de liberdade e adiou por tempo indeterminado a audiência na capital goiana.
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