O senador Jayme Campos (União) criticou os protestos contra o resultado das urnas, que garantiu a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência da República, a partir de 2023. Jayme disse em entrevista à imprensa nesta terça-feira (1º.10), que o resultado das urnas tem que ser respeitado.
“Eu acho que é momentaneamente, vai ser resolvido, não tenho dúvida alguma, até porque tem que ser respeitado. O povo brasileiro já escolheu o presidente da República. Isso não passa de um movimento sem nenhum fundamento, na medida que a sociedade precisa de união, de buscar solução, possibilidades para o Brasil e esse não é o melhor caminho. Eu acho que as autoridades competentes estão tomando as providências”, declarou.
Talvez Bolsonaro não esperasse que seu adversário (Lula) ganhasse a eleição
Segundo Jayme, a manifestação contra a Democracia não traz somente prejuízo as atividades econômicas, como também a população. “Daqui há pouco vai começar o desabastecimento, eu tenho notícias que já é o caso de Alta Floresta, que está com falta de óleo diesel e outros produtos."
Questionado sobre o silêncio do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado na eleição desse domingo (30), Jayme afirmou que o próprio presidente pediu respeito ao silêncio dele. “Eu acho que talvez seja um momento de crise pessoal, que ele esteja vivenciando. Talvez não esperasse que seu adversário ganhasse a eleição. Isso é natural, mas está sendo aguardado hoje um pronunciamento dele.”
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Jayme, ainda, descartou qualquer tentativa de golpe, mas criticou duramente as falas que geram desconfiança as urnas e ao processo eleitoral. “Não tem golpe em plena Democracia. Eu acho que o mínimo que tem que ser respeitado é a decisão popular. Agora, aquela velha história, quer disputar eleição, quer só ganhar, aí dizer que as urnas não estão funcionando, mas funcionou muito bem para eleger Bolsonaro lá atrás, ela prevalece também para eleger outro candidato, se não fosso Lula seria outro.”
Sobre as decisões que determinaram uso das forças policiais estaduais e federais para desbloquear as BRs, Jayme afirmou ser o mínimo. Segundo ele, caso não haja cumprimento é desobediência civil. “Me parece que está havendo um movimento anarquista, não é um movimento de seguimento, eu vi algumas imagens de televisão, que percebe com muita clareza que eventualmente é até alguns vândalos, que estão interrompendo as rodovias federais do Brasil. Temos que estabelecer a ordem e isso se faz é no diálogo, todavia, quando não é possível eu imagino que temos as ferramentas legais para cumprir.”
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