O senador Jayme Campos (DEM-MT) ocupou a tribuna para destacar o crescimento do agronegócio brasileiro e fazer duras críticas a precariedade da infraestrutura para o escoamento da produção agrícola no Estado de Mato Grosso.
“A solidez e crescente prosperidade do agronegócio brasileiro vêm sendo motivo de grande orgulho para todos nós. Consistentes sinais de alerta que apontavam uma inevitável tendência de retrocesso, vem mudando nos últimos meses. Entretanto, Mato Grosso, maior produtor de grãos do país, ainda é deficiente no transporte rodoviário, com péssimas estradas para o escoamento; não temos transporte aquaviário, não temos ferrovias”, criticou.
Para Jayme Campos, o Estado somente “conta com a capacidade dos que produzem a riqueza, geram emprego e que fazem diferença para este país”. O senador acrescentou ainda que a sociedade mato-grossense não aguenta mais esperar pela chamada Rodovia de Integração Centro-Leste, que vai ligar Goiás a Rondônia. Segundo ele, o governo federal promete a obra há anos, mas nada foi concretizado até agora.
Pedágio – O senador, durante sua fala, também reclamou da cobrança de pedágio em rodovias de Mato Grosso que sequer foram concluídas. Citou como exemplo a BR-163 no Estado, com 800 quilômetros, dos quais apenas 100 quilômetros foram duplicados. Apesar disso, postos de cobrança de pedágio já estão prontos, observou. “Pergunto: é justo o cidadão daquele Estado, os transportadores, alguns milhões de motoristas que trafegam naquelas rodovias do nosso Estado pagarem pedágio sem estar sendo beneficiado?”.
O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) afirmou que Jayme Campos “tem toda a razão” em levantar o problema. “Infelizmente, houve uma opção por um nível de tarifa que, para viabilizar a concessão, exige esse tipo de delonga na execução de obras de maior vulto. E o resultado é este: as pessoas pagam e não têm direito às benfeitorias que esperam no momento em que a concessão é anunciada”, destacou.
Já o líder do governo no Senado Federal, Eduardo Braga (PMDB-AM), disse se tratar de uma questão complexa. “O que temos muitas vezes é um pedágio elevado, até com estradas de boa qualidade, mas que impõe um custo alto ao usuário da estrada. A Comissão de Fiscalização e Controle e a Comissão de Infraestrutura precisarão estar atentas a estas tarifas”, destacou.
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