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Política Quinta-feira, 18 de Setembro de 2014, 14:00 - A | A

Quinta-feira, 18 de Setembro de 2014, 14h:00 - A | A

Chamada Geral

Integrar áreas em prol da Saúde

Gerir com qualidade Educação, Segurança e Cultura é a fórmula de Janete Riva para resolver problemas do SUS em MT.

Assessoria

Tratar o Estado como uma engrenagem pela certeza de que saúde, educação, segurança e cultura são assuntos que estão intrinsecamente ligados. Governar pela integração dessas áreas fundamentais é a estratégia da candidata Janete Riva (PSD) da “Coligação Viva Mato Grosso”, se eleita em 5 de outubro. Ela apresentou a ideia ao longo de entrevista ao programa Chamada Geral, da Mega FM, na manhã desta quinta-feira (18.09), em Cuiabá.

No estúdio, ela afirmou que saúde pública de qualidade não se atinge apenas construindo hospitais, mas passa por uma série de outras questões que vão desde a falta de educação e de ações voltadas para o social e para cultura, que desembocam na segurança e, por consequência, refletem na saúde.

“A administração pública é uma engrenagem cujas peças precisam estar muito bem azeitadas para que as coisas caminhem bem. Temos problemas com a saúde porque o social não vai bem e nossa educação também está na UTI. Eu quero ser governadora para construir não só o hospital estadual, mas para olhar para o todo, diminuir os custos deste Estado. Diminuir os gastos com as empresas terceirizadas que tiram o dinheiro para que se invista na ponta”.

Janete também lembrou da importância de escolher as pessoas certas para gerir os setores. “Quero ser governadora para ajudar o prefeito de Cuiabá, por exemplo, a melhorar os índices da Capital. A ajuda que o senador deu pra ele até agora foi indicando os dois últimos secretários de saúde, e já fomos parar no Fantástico duas vezes pelo caos na saúde. Falta pulso firme e esse olhar de mãe para cuidar da coisa pública”, disparou, ao ser questionada sobre a promessa de construção de um hospital estadual.

Durante a entrevista, a candidata teceu duras críticas ao atual sistema centralizador de gestão do governo Silval Barbosa, do qual foi secretária de Cultura. “Eu peguei uma pasta com R$ 11,6 milhões de dívidas, sem orçamento, e coloquei em ordem. E esse cuidado com a coisa pública vai ser a maneira do PSD de governar. Mas é inadmissível que um secretário não tenha autonomia administrativa e financeira para nada e, por não concordar com essa maneira de gestão, pedi para sair. No meu governo, não vamos viver nas rédeas de uma Secretaria de Fazenda com superpoderes e que impõe decreto em cima de decreto”, disse.

Segundo a candidata, a questão econômica de Mato Grosso é preocupante, uma vez que, apesar de o Estado contribuir com boa parte do Produto Interno Bruto (PIB) do País, pouquíssimo volta em termos de recursos por conta da falta de união da bancada do Centro-Oeste no Congresso e pulso firme dos senadores em reivindicar uma fatia maior do Fundo de Participação Estadual. “Até o Piauí recebe duas vezes mais de recursos do FPE do que Mato Grosso. Nós não tivemos um senador de peito para lutar por isso. Mas como, governadora, quero batalhar por isso”, explicou.

Quando questionada se o marido e deputado estadual José Riva irá mandar em seu governo, a socialdemocrata mais uma vez frisou que quem irá “mandar” no governo é a população. “Quem conhece Janete Riva sabe muito bem do que estou falando e quem vai mandar no meu governo é a população. Nenhuma atitude que irá mexer com a qualidade de vida das pessoas vai ser tomada sem ouvi-las. Irei governar com linha dura, como as mulheres geralmente são, mas com coração de mãe”, frisou.

Sobre o Bolsa Família Estadual lançado por ela, a candidata explicou que não se trata de benevolência, muito menos de assistencialismo. “Não é benevolência. Se andarmos por Mato Grosso, como eu faço há 20 anos, vemos as dificuldades que as famílias passam. Mais de 70 mil hoje em situação de miséria. Nesse programa, as famílias receberão o auxílio por um ano e, nesse período, receberão qualificação para caminharem com suas próprias pernas. Precisamos dar o peixe, mas ensinar pescar e dar vara”, finalizou.

O recurso que irá financiar o programa Bolsa Família Estadual, a ser implantado por Janete para beneficiar mais de 220 mil famílias assistidas pelo governo federal, será oriundo do fim do incentivo às tradings da soja que vendem ou industrializam, no Brasil, o produto de Mato Grosso.

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) devido pelas tradings da soja do Estado, comercializada ou industrializada no país, deveria representar cerca de R$ 550 milhões aos cofres estaduais no ano passado. Porém, o total recolhido foi de R$ 330 mil. O restante, R$ 220 milhões, o governo abriu mão na forma de incentivo fiscal às empresas. “O valor é suficiente para atender as famílias que precisam do benefício”, concluiu.

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