Pallava Bagla/Corbis via Getty Images
Ministério da Saúde informou que também irá apurar possíveis irregularidades no processo de aquisição
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o Controlador-geral da União (CGU), Wagner Rosário, anunciaram nesta terça-feira (29.06) a suspensão do contrato de compra da vacina indiana Covaxin.
O citado contrato, que previa aquisição de 20 milhões de doses do imunizante, é alvo de investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado (CPI da Covid), principalmente após os depoimentos dos irmãos Miranda na última sexta-feira (25.06). Na ocasião, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, disseram ter denunciado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) irregularidades no processo de aquisição da vacina Covaxin, porém, segundo eles, o presidente não teria adotado quaisquer medidas para apuração do fato.
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O controlador-geral da União, Wagner Rosário, disse que o contrato ficará suspenso enquanto a CGU estiver realizando uma auditoria em todo o processo administrativo a fim de identificar eventuais irregularidades. Lembrando que contrato foi formalizado com empresa Precisa, representante no Brasil do laboratório indiano Bharat Biotech, responsável pela fabricação do imunizante.
“Nós colocamos a equipe para fazer uma apuração, uma equipe reforçada para ser bastante célere nesse processo e esperamos em não mais de dez dias ter uma resposta sobre essa análise”, declarou Rosário.
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Já o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a pasta também irá abrir processo administrativo para apurar o caso, embora em nota, o Ministério tenha informado que não identificou irregularidades no contrato.
“De acordo com a análise preliminar da CGU, não há irregularidades no contrato, mas, por compliance, o Ministério da Saúde optou por suspender o contrato para uma análise mais aprofundada do órgão de controle. Vale ressaltar que o Governo federal não pagou nenhum centavo pela vacina Covaxin”, diz nota.
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