O secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo afirmou em entrevista à imprensa nesta terça-feira (10.08), que irá acatar a decisão da Assembleia Legislativa, caso seja instaurada a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para apurar ações e suposta omissão do Governo do Estado no combate à pandemia.
Tudo nosso é público, está no Portal Transparência. Não tem contratação que não seja pública. E como órgão público está sujeito sim a ser auditável. Não tenho preocupação nenhuma com isso
“A Assembleia é um Poder autônomo, as decisões da Assembleia são decisões da Assembleia, o que for decidido lá, eu como servidor público, tenho que acatar. Não temos nada a esconder, caso acontecer de ser instalado nós vamos atender as reivindicações. Criticar, avaliar a postura de um deputado não é função de secretário de Estado. Ele tem o direito de propor, a Assembleia tem o direito de analisar e nós estaremos à disposição com as informações que forem necessárias”, declarou o secretário.
Como argumento para o pedido de CPI, Lúdio cita o número de óbitos no Estado em decorrência da doença - que deixa Mato Grosso em primeiro lugar em mortalidade por Covid-19, sobre o argumento, Gilberto voltou a afirmar ser um direito do deputado propor e alertou: “Eu não vou ficar questionando o que um deputado cita ou não! É uma atribuição que pode ser, mas nesse momento tudo é campanha política. Todo mundo já está criando a campanha política então estou à disposição”, declarou.
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Já em relação a Lúdio apontar desorganização na vacina, Gilberto explicou que “a estratégia de vacinação é municipal” e sugeriu ao deputado abrir uma CPI para investigar os 141 municípios.
“Tudo que fizemos está à luz do Plano nacional, fazemos a distribuição no Estado à luz da decisão nacional. Recebi inúmeras demandas de alguém que quer que dê tratamento diferente, inclusive do próprio deputado. Na última reunião da CIB analisei uma preposição que foi encaminhada por ele (Lúdio) foi reprovada, porque? Porque temos uma decisão no Estado de Mato Grosso para seguir o Plano Nacional de vacinação”, relatou o secretário.
Gilberto relatou ser uma exigência no Estado seguir o Plano Nacional de Imunização (PNI) e contou que reprovou uma tentativa de Lúdio de antecipar público alvo na vacinação contra Covid-19.
“Eu recebo centenas de propostas desse tipo, todo público quer se sentir prioritário. Tem gente que acha que tem que iniciar a vacinação de crianças acima de 12 anos. Isso não está definido no Plano nacional. A decisão da última CIB é cumprir o que está estabelecido no PNI. Então quando o Ministério fizer uma alteração, vamos acatar até porque a última nota técnica do Ministério da Saúde, deixa claro, descumpriu o Plano Nacional é improbidade para os gestores”, declarou Gilberto.
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