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Política Quinta-feira, 24 de Agosto de 2023, 10:25 - A | A

Quinta-feira, 24 de Agosto de 2023, 10h:25 - A | A

violência contra mulheres

"Feminicídio é o fim, mas a violência começa antes", diz Gisela ao defender leis mais severas contra agressores

A afirmação foi feita durante uma coletiva sobre violência contra a mulher na advocacia

Giovanna Bitencourt & Kleyton Agostinho/VGN

A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Gisela Cardoso, em entrevista concedida à imprensa nessa quarta-feira (23.08), destacou a urgência de políticas públicas e leis mais severas para punir agressores e evitar crimes de feminicídios. A afirmação foi feita durante uma coletiva sobre a violência contra a mulher na advocacia. Neste ano, duas advogadas foram mortas, e, nos últimos dias, houve três casos de advogados acusados de agressão.

Gisela disse que, mesmo dentro da advocacia, não são só os advogados que agridem. Por isso, a OAB luta contra qualquer tipo de violência dentro e fora da Ordem. Ela frisou que os casos envolvendo os advogados estão sendo analisados pelo Tribunal de Ética e Disciplina.

“A posição da Ordem é combater qualquer tipo de violência, porque não são só os advogados que agridem. Infelizmente, nós tivemos uma sequência triste de três episódios envolvendo advogados, o que nos causa profunda tristeza e preocupação. Esses três casos já estão sendo tratados perante o nosso Tribunal de Ética e Disciplina, com instauração dos devidos processos disciplinares, com encaminhamento para a suspensão preventiva e acompanhamento também pela nossa Comissão da Mulher Advogada”, disse.

A presidenta destacou que, apesar de existirem leis que protegem as mulheres, como a Lei Maria da Penha e o Feminicídio, o Brasil ainda é um dos países que mais matam mulheres. O Estado de Mato Grosso também está incluído nessa lista.

“Vivemos em um país que está entre os cinco que mais mata mulheres no mundo. O nosso Estado, infelizmente, também faz parte desta estatística triste de violência contra a mulher. Nós precisamos buscar as soluções”, afirmou.

Gisela considerou a urgência de combater esse crime desde o início, pois o assassinato de mulheres é a etapa final das agressões. Segundo a presidente, a mulher teve que passar por uma série de agressões, desde o primeiro momento, com xingamentos, ridicularização ou desprezo, até o ato final de morte. Por isso, ela enfatiza a pressa por políticas públicas que não permitam a desqualificação da imagem feminina.

“O feminicídio é o fim. É o último ato, mas a violência começa muito antes. Começa com o desprezo, o deboche, qualquer ato que desqualifique e diminua a condição da mulher. Tudo isso é violência, e tudo isso incentiva esse contexto violento contra a mulher. Nós precisamos combater desde a raiz para não chegar ao feminicídio”, explicou. 

A advogada enfatizou a necessidade de encontrar um mecanismo para combater e prevenir este tipo de violência. Ela acredita que é preciso punir mais severamente os abusadores e unir a sociedade nas políticas públicas, mas, que esta é uma responsabilidade especialmente dos legisladores no domínio da aplicação da lei e da punição.

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