O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta sexta-feira (30.12) decisões judiciais que determinaram abertura de investigação contra ele e também que resultaram em punições contra seus apoiadores, como a cassação do ex-deputado estadual delegado Fernando Francischini. As declarações ocorreram durante a live.
O Chefe Executivo disse que atualmente o cidadão está perdendo o seu direito de liberdade de expressão e sendo processo por emiti-la. Bolsonaro citou que em 2020 durante uma live leu trecho de uma reportagem da Revista Exame falando sobre Covid-19, e na ocasião associou a doença ao HIV, e que hoje é investigado por tal declaração.
“Eu em 2020 li um trecho da Revista Exame, que falava sobre Covid e HIV. Eu li duas linhas da revista e estou sendo processado. Estou sendo tratado como criminoso. A revista que mostrou isso aí”, declarou.
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito contra Bolsonaro por ter cometido contravenção penal ao repassar informações falsas sobre a vacina contra a Covid-19, associando-a ao HIV durante uma transmissão ao vivo em 21 de outubro.
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Na live, ele ainda disparou que atualmente não pode criticar as urnas eletrônicas e que aqueles que cometem tal ato também são processados, e podem ter até mandato cassado caso sejam parlamentares. Na transmissão, Bolsonaro citou o caso do ex-deputado estadual delegado Fernando Francischini.
“Hoje em dia, se você falar em urna, você também tem problema sério. Se for parlamentar, você pode perder seu mandato, como Fernando Francischini perdeu, deputado do Paraná. As nossas liberdades estão sendo tolhidas. Nós temos que lutar por isso. [...] Não existe nada perfeito, tudo pode ser melhorado”, disse.
Importante esclarecer que Fernando Francischini foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2021 por ter propagado informações falsas sobre a urna eletrônica e o sistema de votação durante as eleições de 2018.
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