O Governo de Mato Grosso apresentou nesta quinta-feira (16.09), em audiência pública, a apresentação do anteprojeto para construção do BRT - Buss Rapid Transit - em Cuiabá e Várzea Grande, em substituição ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
O secretário adjunto de Gestão e Planejamento Metropolitano da Sinfra, engenheiro Rafael Detoni em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (16) criticou a falta de adesão do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) nas discussões e elaboração do projeto.
“Desde o primeiro momento quando a gente deu a ordem de serviço para a consultoria que elaborou o projeto, nós convidamos as Prefeituras e Várzea Grande participou muito ativamente, não foi só uma vez, nós encaminhamos convite. Infelizmente a decisão da Prefeitura de Cuiabá foi de não participar, e ele tem os motivos dele, a gente respeita, mas a gente entende que o melhor projeto é aquele construído em cima de bases sólidas e de diálogo. O Estado sempre buscou manter esse diálogo com as Prefeituras”, declarou Detoni.
Leia mais: Com frota de ônibus preparada para VLT ou BRT, Emanuel espera plebiscito para escolha de modal
Rafael Detoni também questionou os 144 ônibus adquiridos pela Prefeitura de Cuiabá, que mesmo preparados com porta à esquerda – não se adapta ao BRT como informado pelo prefeito Emanuel. Segundo ele, o próprio governador já havia informado o secretário de Mobilidade Urbana de Cuiabá, Juares Samaniego.
A sociedade tem ônibus novo com ar condicionado. A única coisa é que as portas à esquerda não terão nenhuma utilidade, pois são incompatíveis com a altura das estações
“O governador deixou muito claro na apresentação inclusive para o secretário de Mobilidade Urbana, que seria adotado piso baixo até por ser trazido a premissa do VLT, acessibilidade, ausência de escada, de degrau em cima do ônibus e há essa incoerência entre adotar piso alto. Em outra oportunidade quando o prefeito anunciou a chegada dos novos ônibus encaminhamos uma nota técnica em março recomendando que a Prefeitura aguardasse a conclusão do anteprojeto, quanto aos veículos articulados, quanto aos padrões, enfim, mas a Prefeitura não quis considerar e deu sequência no encaminhamento”, declarou.
Para Rafael Detoni, a abrangência de acessibilidade é uma tendência necessária na sociedade moderna.
“O mundo inteiro está adotando a eletricidade como matriz energética de transporte e o mundo inteiro está falando em acessibilidade universal, nós somos cobrados como órgãos controladores para que a gente consiga abranger o máximo possível a questão da acessibilidade. Não faz sentido a gente manter um padrão de transporte de 1897, quando tínhamos ônibus de piso alto com motor dianteiro a diesel. Então, qual a novidade, a própria concessão de Cuiabá, a última concessão prevê a concessão de novas tecnologias porque não foi incorporado? Porque a Prefeitura perdeu esse timing”, criticou.
Leia mais: Anteprojeto do BRT será discutido na Câmara de VG; Mendes descarta plebiscito em Cuiabá
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).