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Política Sexta-feira, 21 de Julho de 2017, 14:01 - A | A

Sexta-feira, 21 de Julho de 2017, 14h:01 - A | A

Sodoma

Empresário e ex-chefe de gabinete de Silval são interrogados pela juíza Selma

Lucione Nazareth/VG Notícias

VG Notícias

Alan Malouf

 

A juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, ouve nesta sexta-feira (21.07) o depoimento do ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio Cezar Corrêa Araújo e do empresário Alan Malouf, referente à ação penal que eles respondem por supostamente participarem do esquema que desviou mais de R$ 15,8 milhões dos cofres públicos do Estado por meio da desapropriação fraudulenta de um imóvel localizado na Capital.

O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou eles e outras pessoas, entre eles o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), por fazerem parte de uma suposta organização criminosa que recebeu vantagem indevida no valor de R$ 15.857.125,50, por meio da desapropriação de um imóvel que corresponde ao bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, paga em 2014 na gestão do peemedebista.

A denúncia aponta que Silval autorizou o pagamento de R$ 31,7 milhões pela área, sendo que R$ 15,8 milhões teriam retornado pela suposta organização criminosa chefiada pelo ex-governador, através de uma empresa de assessoria e organização de eventos.

Conforme depoimento do ex-secretário Pedro Nadaf, que também é réu na ação, dos R$ 15,8 milhões que retornaram, R$ 10 milhões ficou com o ex-governador para pagamento de uma dívida com empresário Valdir Piran (que também é réu no processo). Já o restante teria sido dividido entre os demais participantes, no caso, ele (Nadaf), os ex-secretários Marcel de Cursi, Arnaldo Alves de Souza Neto, Afonso Dalberto e o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho - o Chico Lima (todos réus no processo).

Além deles, ainda respondem ao processo: o empresários Antônio Rodrigues Carvalho, o advogado Levi Machado de Oliveira e o ex-presidente da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), João Justino Paes de Barros.

O primeiro a ser ouvido pela juíza Selma Arruda é o empresário Alan Malouf.

Ele afirma que não sabia do esquema e que recebeu R$ 200 mil da desapropriação pelo serviço que prestou na cerimônia de posse de Silval Barbosa em 2011. Ele conta que o ex-secretario Eder Moraes o contratou por R$ 300 mil, para prestar o serviço para atender mil pessoas na posse, porém, passou para 4 mil pessoas e o serviço ficou no valor de R$ 1 milhão.

Malouf revela que pelo serviço recebeu apenas R$ 250 mil por meio de cheques de terceiros, mas negou que sabia que o dinheiro era de origem ilícita oriundo de propina. Sobre o restante da dívida, o empresário contou que Pedro Nadaf o procurou informando que Silval tinha encarregado ele (Nadaf) e o então secretário da Secopa, Maurício Guimarães, pagarem o valor. "Mas, quem acertou o valor foi o Nadaf".

Sobre a origem do dinheiro do pagamento, Alan declarou que sempre suspeitou que dinheiro repassado por Nadaf pelo pagamento do serviço de buffet da sua empresa Leila Malouf, era de origem ilícita. "Os pagamentos foram feitos em duas oportunidades, em dois envelopes, no qual constava vários cheques de terceiros. Um dos pagamentos teve valores de R$ 500 mil".

Atualizada às 14h34min - O empresário revela que o contrato para a prestação de serviço para cerimônia de posse de Silval foi feito por Éder Moraes, e que em nenhum momento foi realizado licitação para prestação do serviço ou contrato com a administração pública. "Nesse negócio não assinei contrato com Estado e nem paguei qualquer tributo fiscal".

Malouf conta que o primeiro pagamento foi recebido na ordem de R$ 500 mil em oito cheques, e o segundo pagamento também na ordem de R$ 500 mil. "Na verdade acredito que só recebi por causa do Nadaf que garantiu que iria fazer pagamento", revelou.

Ele diz que recebeu R$ 1,9 milhão de Nadaf, sendo que R$ 300 mil desse valor era do ex-secretario Arnaldo Alves, e tempos depois Arnaldo levou mais R$ 300 mil em dinheiro a ele (Malouf) na forma de empréstimo. "Eu peguei dinheiro emprestado com eles. Naquele momento eu passava por momento difícil e não conseguia empréstimo junto ao banco", contou empresário ao relatar que o empréstimo foi na ordem de 1% ao mês.

Conforme ele, os cheques recebidos referentes a desapropriação foram usados para pagar fornecedores.

obre os contratos firmados com as empresas de consultoria de Pedro Nadaf, que segundo o ex-secretario foi usado para simular negócios para receber dinheiro e gerar receita, Malouf preferiu fica em silêncio.

VG Notícias

Silvio Correa

 

Atualizada às 15h00 - Começa depoimento de Sílvio César Corrêa.

Ao começar depoimento, Sílvio volta a dizer que se arrepende de ter ameaçado Pedro Nadaf. "Eu falei apenas um dizer da cadeia. Que delator tem que morrer. Falei quando fiquei sabendo que alguém estaria querendo fazer delação", contou.

Sobre a desapropriação, Corrêa declarou que apenas assinou um ofício a pedido do procurador aposentado Chico Lima, e levou o processo para mesa do governador. Sobre recebimento de propina por parte dos secretários e Silval, ele garantiu que ficou sabendo apenas por notícias veiculadas pela imprensa.

O ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa diz que tinha conhecimento da dívida do ex-governador com o empresário Valdir Piran na ordem de R$ 10 milhões. "Mas, não sabia que o pagamento foi feito por esse processo de desapropriação".

Ele garante: "Eu nunca vi essa processo de desapropriação. Eu não tenho conhecimento sobre isso".

No depoimento, Sílvio garante que todos os processos de interesse de Silval, no qual teria possibilidade de propina, era tratado direto pelo procurador aposentado Chico Lima. "Ele ganhou a confiança do governador e por isso tratava dos processos que poderia ter uma vantagem para o governo" relatou.

Corrêa nega saber sobre o contrato com o buffet, Leila Malouf de propriedade de Alan Malouf, e dos pagamentos efetuados por Nadaf ao empresário. Sobre o relacionamento com Nadaf ele diz: " Nosso relacionamento no governo era meio tumultuado. Ele tentava tomar meu espaço no governo e eu não deixava. Nosso relacionamento era estritamente profissional".

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