O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), em entrevista à imprensa na sexta-feira (28.04), qualificou como “blá blá blá e balela”, o anúncio de redução de mais de R$ 22 milhões no gasto anual da Secretaria Municipal de Saúde da Capital, feito pela interventora Danielle Carmona.
O emedebista questionou que o prazo da intervenção é de 40 dias, e indagou como a gestora conseguiu redução de praticamente R$ 1 milhão por dia. Emanuel disse que Danielle precisa provar como conseguiu reduzir, pois até onde ele sabe, o Gabinete de Intervenção está dando sequência no que já estava sendo feito em sua gestão, e conseguiu piorar o serviço público.
Emanuel disse que não está vencendo as demandas recebidas por servidores e pela população de mazelas, que, segundo ele, nunca aconteceram em sua gestão. Pinheiro reconheceu que tinha problemas, reforçou que nunca deixou de atender as pessoas, nem paralisou o serviço, e havia maus-tratos, perseguição, coação e assédio contra os servidores públicos e contra população em geral.
O chefe do Palácio Alencastro alfinetou a gestão do Gabinete de Intervenção, e disse que é lamentável que nestes 40 dias de intervenção, que nas unidades de saúde tem mais a presença policial do que médicos e profissionais de saúde. “No meu tempo, ops, é meu tempo, mas na minha gestão, tinha os problemas, pois a saúde você administra problemas sempre, gestão na totalidade, não só a saúde. Mas sempre enfrentei [problemas] pensando no povão, buscando levar médicos e profissionais para as unidades de saúde e não polícia”, cutucou Pinheiro.
Emanuel ainda enfatizou que essa ‘balela’ da interventora Danielle, que ainda não disse a que veio, só está servindo para o governador Mauro Mendes (União), se aproveitar da situação para desviar o foco das mazelas da saúde e do Governo Estadual. "Agarrou a intervenção como uma cortina de fumaça, para desviar a atenção da sociedade para Cuiabá. E gradativamente a verdade vai aparecer”, frisou Pinheiro.
Ainda, em relação à intervenção estadual na saúde de Cuiabá, Emanuel foi questionado sobre alguns “colegas” do Diretório Estadual do partido que não ficaram muito contentes com a Ação Direta de Inconstitucionalidade, ajuizada pelo Movimento Democrático Brasileiro - MDB, pedindo ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão da intervenção, o emedebista foi sarcástico e respondeu "todos perderam o sono, ninguém conseguiu dormir por causa dessa preocupação de um ou dois membros do Diretório Estadual".
E finalizou: “Houve uma depressão coletiva, está todo mundo pensando o que vai fazer da vida, mediante a outra pessoa que falou sobre isso”, concluiu o prefeito Emanuel Pinheiro.
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