O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), avaliou que seu projeto de oposição para embate eleitoral contra o governador Mauro Mendes (União Brasil) não alavancou por “comodismo” em razão do prazo eleitoral. Emanuel relatou ser o único nome que “tinha a perder”, caso lançasse sua candidatura ao Governo.
“Acho que houve um certo acomodamento devido ao prazo eleitoral, então faltam seis meses ainda para as eleições, único que tinha a perder aí, em tese, seria eu porque eu teria que renunciar ao segundo poder político da Capital e a cadeira do prefeito, que é uma cadeira sagrada. Eu tenho o meu compromisso com o povo Cuiabano”, relatou o prefeito.
Para o prefeito, faltou uma preparação maior de sua parte, inclusive quando o Solidariedade ofereceu palanque com apoio do PT. “Até do meu partido porque eu fiquei muito tempo num embate com meu partido e não cheguei para ele (MDB Carlos Bezerra) e disse: olha vamos construir um projeto? Tanto é que teve um momento que eu pensei em até ir para o Solidariedade.”
Porque não houve essa preparação? Porque meu candidato era Wellington Fagundes. Tudo era em torno dele”
Questionado sobre um suposto “boicote” do governador Mauro Mendes às candidaturas de oposição com o nome do senador Wellington Fagundes ou do deputado federal José Medeiros, ambos do PL, quando começou articular dando esperança ao PL Nacional para um possível apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), Emanuel contou que grande parte do seu atraso em preparar seu nome foi por articular a candidatura de Wellington como principal.
“Eu acho que o Wellington está deixando o bonde da história passar na frente dele e ele não está embarcando nesse bonde entendeu, o momento é dele, o momento de coroar uma das mais extraordinárias biografias políticas do Estado. Ele não está enxergando isso, eu até acho que não está bem amarrado isso não. Eu até estive com o Neri e conversamos muito. Não está bem amarrada as coisas não, por causa exatamente da insegurança que o atual governador causa em todo mundo e não é diferente com a sociedade, insegurança e desconfiança”, criticou.
Leia também: Marido morre e esposa fica gravemente ferida após colisão entre carro e ônibus
Emanuel ainda acredita haver outros nomes para o enfrentamento. Ele destacou a possível candidatura do empresário e produtor rural Odílio Balbinotti Filho. “Ouvi falar que o Balbinotti filou-se ao PTB para ser candidato, é um nome a ser conhecido pela classe política e pela sociedade e aqui na oposição nós vamos construir”, contou.
Entretanto, apesar dos nomes discutidos, o grupo de oposição articulado pelo prefeito ainda não tem nome. “Vamos buscar nomes que possam ser, que possam representar este projeto alternativo de oposição, projeto alternativo de desenvolvimento econômico-social para o Estado, o novo um novo projeto é liderado pelas forças de oposição e com certeza virão mais nomes e é bom que venham mais nomes, Stopa é um deles, o Stopa é um dos nomes colocados, o Balbinotti do PTB é ótimo, sai outro nome de lá, quanto mais candidatura saírem melhor.”
Questionado sobre os secretários que deixaram o cargo, entre eles, o secretário de Meio Ambiente, vereador Renivaldo Nascimento, e de Mobilidade Urbana, Juares Samaniego, Emanuel definiu como “fogo de palha”. “Tudo cavalo paraguaio, tudo fogo de palha, eu fiquei chateado com ele, um momento que o Estado precisa tanto de novas forças de novos embates de gestores, de políticos da altura deles para representar Cuiabá neste embate aí saíram e voltaram correndo.”
Emanuel relatou que ficou chateado com seus secretários que disseram que seriam candidatos se o prefeito fosse: “São dois irmãos que tenho, fazem um grande trabalho. São excelentes secretários que me ajudam a fazer a diferença na pasta, mas ficou um desapontamento, eu esperava ver eles representado a gestão de Cuiabá no cenário eleitoral e colocar o nome à disposição, mas fazer o que, eu não posso obrigar ninguém a ser candidato.”
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).