O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB) usou sua página oficial do Facebook na noite desse domingo (22.03), para criticar a decisão do juiz plantonista da Comarca de Cuiabá, Onivaldo Budny, que determinou que a Prefeitura Municipal mantenha no mínimo 30% da frota do transporte coletivo em funcionamento para uso geral.
A decisão atendeu a uma ação pleiteada pelo Governo do Estado de Mato Grosso, neste domingo (22.03), contra o município de Cuiabá, com vistas à suspensão dos efeitos do artigo 8° do Decreto n° 7.849/2020, para que mantenha em funcionamento de 1/3 da frota de ônibus municipal para uso geral, observada capacidade máxima de passageiros limitada em 50%, ou seja, apenas passageiros sentados. Na última sexta (20), o prefeito havia determinado a suspensão de 100% da frota na Capital, de modo a conter a proliferação da doença.
Emanuel classificou como uma verdadeira "violência, insensível e cruel”, a que estão submetendo a população cuiabana. “Sabemos que os coletivos proporcionam a rápida propagação da doença, e o meu embate é para evitar a disseminação do novo coronavírus (COVID-19)”, declarou o prefeito.
O prefeito ainda fez um apelo para os cidadãos cuiabanos, pedindo para que eles não façam o uso do serviço de transporte público nesse momento. “Se você puder, por pura medida de segurança, busque uma alternativa. Vemos uma situação grave, de exceção. Uma emergência, já que estamos em plena pandemia”, completou o prefeito.
Ele reforçou que nesse momento é preciso manter a serenidade e a visão estadista, para evitar que algumas atitudes tragam prejuízos à população. É necessário deixar de lado, segundo Emanuel, "paixões políticas partidárias, simpatias e empatias pessoais, ideologias ou conveniências eleitorais".
“Meu partido é Cuiabá, somos quase 700 mil cuiabanos, e esperamos essa postura dos seus ‘líderes’, mediante a projeção de um cenário incerto e devastador”, enfatizou.
O prefeito afirmou que mantém seu entendimento e o cuidado com a saúde dos munícipes, e avisa: “Vamos recorrer contra qualquer medida que entendamos colocar em risco a saúde e a vida da população”.
Emanuel encerrou a mensagem, afirmando que essa é a hora de priorizar a vida humana, pois segundo ele, o transporte público e a economia são importantes, mas a vida humana é muito mais. “Conclamo que todos tenhamos consciência da necessidade dessas medidas preventivas, o meu trabalho vai continuar, por você, seu filho, neto, mãe, e por todos nós”, finalizou.
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