O ex-secretário de Estado, Eder Moraes afirmou nessa quinta-feira (11.09) que a operação “Ararath” da Polícia Federal, está sendo conduzida de forma equivocada e sem um foco específico. Moraes é alvo da PF por suposto envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro no Estado.
De acordo com ele, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal estão conduzidos as investigações de maneira equivocada e com base em uma delação premiada do empresário Gercio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido como Júnior Mendonça, no qual Moraes aponta como “omissa”, já que Mendonça teria deixado de citar outros nomes envolvidos no suposto esquema.
“A deleção premiada do Júnior tem falhas gritantes, absurdas. O Júnior na hora de fazer a delação premiada, ele escolheu alvos, quem ele queria colocar ali. Ele deixou muita gente de fora e isso já é de conhecimento da Justiça Federal. O juiz que cuida do caso sabe que tem testemunhas que precisam ser ouvidas” disse Eder em entrevista ao programa Resumo do Dia.
De acordo com ele, a decisão de convocar outras pessoas que não tiveram o nome relacionado pela Polícia Federal nas investigações e que devem ser ouvidas por terem algum tipo de envolvimento no caso, como por exemplo, a ex-esposa de Júnior Mendonça, a blogueira Karina Nogueira, será de responsabilidade do juiz Jeferson Schneider da 5ª Vara Federal de Mato Grosso.
“A ex-esposa de Júnior Mendonça, Karina Nogueira, precisa falar nesse processo. Se o Júnior operava caixa 2, pois ele disse na delação premiada que usava caixa 2. Onde vêm caixa 2 ? Quem fornecia o caixa 2 para Júnior Mendonça? Agora eles querem pegar negócio sujo, querem pegar negócio que não obedecia critérios do mercado financeiro nacional e imputar a meia dúzia de pessoas” declarou o ex-secretário de Estado.
Moraes, que também exerceu cargo de secretário municipal em Várzea Grande, falou sobre as notas promissoras encontradas em sua casa pela Polícia Federal que tinha nomes de importantes políticos do Estado e altos valores financeiros que foram repassados a eles. Conforme ele, as notas são oriundas de negócios privados dele com os políticos e não tem nenhuma ligação com o suposto esquema investigado pela Polícia Federal.
Sobre sua prisão, Eder disse “eu fui preso porque dizem que o Eder Moraes tem influência tamanha dentro do Estado, capaz de mover montanhas. A minha influência poderia atrapalhar as investigações. É o único motivo que me recolheram na prisão 81 dias. Brincaram com a liberdade de um cidadão de bem, com um cidadão honrado, com um cidadão honesto” destacou.
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