O Gás natural veicular (GNV) no Estado poderá sofrer aumento de 66% conforme informação do deputado estadual Wilson Santos (PSD). Atualmente, Mato Grosso tem contrato com a Bolívia para consumo aproximadamente 1,1 milhão cúbico por mês.
Contudo, segundo Wilson, não houve consenso no valor reajuste após reunião com participação também dos deputados Carlos Avallone (PSDB) e Diego Guimarães (Republicanos) com representantes da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso - Ager/MT, da Companhia Matogrossense de gás (MT Gás) e distribuidoras.
Segundo o deputado Wilson, a medida irá “quebrar a cadeia do gás” pela 5ª vez, considerando o investimento para adaptação feita pelos motoristas e dos seis postos que fornecem GNV. Ele afirma que um pequeno reajuste que houve no início desde ano já representou 30% de queda no consumo.
“Não houve um entendimento final e nós não admitimos aumento na bomba”, disse Wilson, afirmando que existem sete mil motoristas de aplicativos em Várzea Grande, Cuiabá e redondeza que serão prejudicados.
O parlamentar sugeriu que não faça nenhum reajuste e espere até a inclusão das empresas do Distrito Industrial. A sugestão envolve diversas entidades. “A partir desse momento o volume do gás será muito maior e com um volume maior é até possível baixar o preço do gás. Queremos é que baixe o preço, muito ao contrário ao que a MT Gás está propondo, aumentar em 60, 66%. Não é o momento de aumentar, tudo está diminuído no país, o óleo diesel reduziu preço, a cesta básica, muita coisa está reduzindo preço, então, não é o momento de falar em aumento”, afirmou Wilson, defendendo uma visão mais social do Governo.
Já presidente da MT-Gás, Aécio Rodrigues afirmou que a tarifa do Gás Natural Veicular (GNV) em Mato Grosso não será reajustada. Porém, afirmou que terão uns reajustes mensais, sem detalhar o quantitativo. “Podem ficar tranquilos, terão reajustes mensais, mas isso é muito pequeno perto do que poderia aumentar.”
O deputado estadual Diego Guimarães alertou que o preço do etanol, maior competidor do gás no mercado, está baixo: “Quando houve a notícia de que a Ager estava discutindo aumento do gás, nos preocupamos muito, porque qualquer aumento nesse momento ao invés de fomentar essa cadeia de consumo de energia limpa, sustentável e que apresenta uma rentabilidade fantástica vamos ter um desestímulo e toda a cadeia vai se desmobilizar.”
O entrou em contato com a assessoria da Ager/MT para confirmar se haverá ou não reajuste. A assessoria informou que uma nota técnica será publicada na segunda-feira (17.07), bem como, a publicação em Diário Oficial.
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