O deputado estadual, Valmir Moretto (Republicanos), afirmou em entrevista à imprensa que nenhum presidente de partido deve aceitar as imposições do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), para que ele se filie na nova legenda visando a reeleição nas eleições de 2022.
Segundo Moretto, Bolsonaro foi convidado por todos os partidos de sua base, entre eles o próprio Republicanos, Partido Liberal (PL), Progressistas (PP), para se filiar a legenda, mas que em decorrência das imposições do Chefe do Poder Executivo a tendência é que ele procure outros partidos menores.
Conforme ele, o próprio presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (do Espírito Santo), em entrevista recente afirmou que Bolsonaro não irá migrar para sua legenda.
“O presidente Bolsonaro é bem-vindo aos Republicanos. Mas, pelo que estou vendo na Nacional, é um posicionamento do presidente, que os nossos presidentes do PL, PP e demais em questão do direcionamento do partido. O Partido Republicanos compõe a base do presidente Bolsonaro e trabalha com o Governo. O Bolsonaro, tudo indica, e pelo que vejo nos noticiários, aparentemente ele quer liderar essa base. Quer comandar o partido. Nenhum presidente, aparentemente, está disposto a abrir mão deste espaço conquistado ao longo dos anos, em troca da filiação do Bolsonaro”, disse o deputado.
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Em Brasília, corre a informação de bastidores, que a intenção do presidente é se reunir nos próximos dias tanto com o PP quanto com o Republicanos para mensurar o potencial de alianças aos nomes que ele pretende apoiar aos Governos Estaduais.
Bolsonaro recentemente chegou a “namorar” uma filiação do PL, inclusive a filiação estava agendada para o próximo dia 22 de novembro, mas por conta de divergência com o presidente da Nacional, Valdemar Costa Neto, o ato foi suspenso. Alguns articuladores de Bolsonaro já declararam que caso não chegue a um acordo com o PL, a sua filiação pode ficar até 2022.
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Importante destacar que um dos requisitos citados por Bolsonaro para cravar a filiação é um partido que tenha a possibilidade de definir candidaturas regionais, sobrepondo a independência dos diretórios estaduais, como, por exemplo, nas candidaturas ao Senado e ao Governo do Estado. O presidente também tem solicitado espaço para aliados dele na executiva nacional dos partidos.
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