O governador do Estado, Mauro Mendes (DEM) aceitou a sugestão proposta no relatório da Assembleia Legislativa (AL) de abrir uma delegacia especializada para apurar os crimes de sonegação de combustível. A informação é do deputado estadual, Carlos Avallone (PSDB) ao oticias. “Não estamos dizendo que quem está sonegando são os empresários, estamos dizendo que isso é uma máfia”, afirmou o tucano.
Para o deputado, são máfias montadas para extorquir o Estado, o Governo Federal, para deixar de pagar Pis, Confins, deixar de pagar ICMS. “Isso envolve todas as áreas de distribuidoras. Então é isso que nós estamos denunciando e mostrando, mas do que isso, nós estamos apresentando, aliás, já apresentamos para o governador, como podemos ajudar a resolver isso, tanto à parte dos deputados através da legislação como o próprio Governo. Fizemos várias sugestões que estão no nosso relatório que foi entregue a ele”, enfatizou.
Avallone explicou que dentro de uma máfia, mesmo que prenda um deles, eles colocam outro no lugar, pois quem está à frente é sempre um “laranja”. “O importante é fechar os caminhos, não deixar a corrupção acontecer. Nosso relatório tem propostas de fechar esses caminhos”.
Ele questionou o porquê de existir apenas nove distribuidoras de combustíveis no Estado de Goiás, e 30 em Mato Grosso, sendo que em Mato Grosso vende menos combustível que Goiás. Ao todo são 57 distribuidoras de combustíveis no Centro-Oeste.
O parlamentar ressaltou que existem muitos dados importantes dentro do relatório, mas parte deles não podem ser ditos, pois são informações de pessoas que fizerem depoimentos reservados, e isso foi encaminhado ao governador. O deputado afirmou que Mato Grosso tem a terceira pior qualidade de combustível do Brasil, e isso tudo é um absurdo. “Então nós vamos ter essa comissão para acompanhar tudo isso”.
Ele encerrou afirmando que a CPI não vai acabar em “pizza”, assim como se vê na mídia e boca das pessoas. “Aquela coisa que a gente vê que a mídia, que as pessoas colocam, às vezes com razão, que a CPI vai acabar em pizza, essa não acabou em pizza e não vai acabar, porque nós vamos acompanhar por seis meses para que as ações aconteçam. Para que a sociedade tenha um resultado”.
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