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Política Segunda-feira, 13 de Novembro de 2023, 13:48 - A | A

Segunda-feira, 13 de Novembro de 2023, 13h:48 - A | A

Audiência Pública

Delegada defende psicólogos em escolas e cita aumento de denúncias que envolvem alunos vítimas de colegas

A declaração da delegada foi feita durante o debate sobre a inclusão de profissionais de serviço social e psicologia nas escolas públicas

Adriana Assunção/VGN

A delegada titular da Delegacia Especializada do Adolescente em Cuiabá e Várzea Grande, Jozirlethe Magalhães Criveletto enfatizou em audiência pública nesta segunda-feira (13.11), que professores são capacitados para ensinar, mas o acolhimento, o sentido psicossocial é dado pelos profissionais da psicologia e assistência social.

“A cada dia cresce o número de ocorrências, denúncias, onde infelizmente atendemos alunos vítimas de outros alunos, casos de perseguições, casos de violências psicológicas, casos bullying sendo praticados nas escolas, e, infelizmente casos de violência sexual”, afirmou a delegada, durante debate sobre o Projeto de Lei nº 973/2023, que assegura atendimento por assistentes sociais e psicólogos aos alunos da rede estadual de ensino.

Durante a audiência pública sobre o Projeto de Lei nº 973/2023, de autoria do deputado Valdir Barranco (PT), Jozirlethe para parabenizou o deputado por apresentar e posteriormente desarquivar o projeto que busca a inserção de profissionais da área de serviço social e de psicologia nas redes de ensino público do Estado.

A delegada também alertou sobre orientações erradas feitas por outros profissionais. Segundo ela, um conselho errado pode levar ao suicídio.

“Quantas pessoas estão vivendo situações de querer cometer suicido, quantos jovens estão se automutilando, que muitas vezes não tem ajuda, muitas vezes quem vai ajudar é o diretor, é o professor, que não é formado em para isso. E de repente nós estamos até orientando errado, se aquela pessoa acaba perdendo a vida, olha o tipo de responsabilidade que temos em nossa consciência. Então, vamos entregar esse trabalho a quem tem o direito e o dever por função, pela lei de fazer”, destacou a delegada.

Entre os que defenderam a proposta na audiência pública estão a deputada estadual Janaina Riva (MDB) e o procurador de Justiça, Paulo Prado.

Prado destacou a “Democracia Participativa” ao manifestar a importância da utilização de mecanismos para acabar com os conflitos. “Se o país não parar com essa postura de guerra e não unirmos as mãos não tem outro caminho senão você sentar com os diferentes e iguais e traçarmos uma educação verdadeiramente voltada para crianças e adolescentes”, destacou Paulo Prado.

Já a deputada Janaina Riva citou como exemplo casos abuso entre crianças em escolas, na qual possivelmente a criança repete o abuso sofrido dentro de casa. Para Janaína, a presença do profissional na escola é importante para segurança pública, para a saúde mental, para as escolas e para as famílias. “Eu não tenho dúvida que esse projeto tem uma relevância estrondosa e que vamos precisar muito do Ministério Público, para que a lei seja efetivada, que funciona. Vai existir uma Educação antes e depois desse projeto.”

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