Os responsáveis pela defesa do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) vão requerer a quebra do sigilo telefônico do filho de Nestor Cerveró, Bernardo. Ele foi o responsável pela gravação da conversa que levou o parlamentar para a cadeia, em novembro.
Segundo a Folha de S. Paulo, o advogado do senador, Antônio Figueiredo Basto, revelou que o pedido será uma parte da defesa de Delcídio, que deve ser entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal) até a próxima segunda-feira. A intenção é verificar se Bernardo esteve em contato com os procuradores da Operação Lava Jato antes do petista ser detido.
"Podemos e vamos pedir essa quebra. Quero saber como e quem industriou o Bernardo. Só o Supremo poderia autorizar [a gravação da reunião com Delcídio]", disse ao jornal Figueiredo Basto. No áudio feito por pelo filho do ex-diretor da Petrobras, Delcídio indicou que poderia exercer influência em ministros do STF e garantir a liberdade de Cerveró. Além disso, ele ainda citou uma eventual rota de fuga para Cerveró, caso a Justiça não concedesse a liberdade.
O que a defesa de Delcídio quer provar é que ele foi preso por conta de um "meio enganoso de prova". "Isso ocorre quando infiltram uma pessoa para te provocar e gravar o que você diz, atacando o direito ao silêncio. O áudio foi feito sem autorização judicial e por uma pessoa que sequer é parte no processo, o Bernardo", explicou Figueiredo Basto.
A Folha entrou em contato com Breno Brandão, advogado de Nestor e Bernardo Cerveró. Ele disse que não iria se pronunciar.
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