O empresário Giovani Guizardi presta neste momento depoimento na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) a respeito do esquema de fraudes em licitação e cobrança de propina na Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT).
Guizardi é apontado como operador do esquema de cobrança de propina para servidores da Educação autorizar pagamento às empreiteiras prestadoras de serviço. Ele chegou ficar preso por seis meses em 2016, por meio da primeira fase da Operação Rêmora, mas foi solto após firmar termo de colaboração premiada com a Justiça e detalhou o esquema.
O novo depoimento de Giovani Guizardi é por conta da documentação apresentada pelo empresário Ricardo Augusto Sguarezi, em juízo. Ele reiterou, em novembro do ano passado, as declarações feitas à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, em audiência relativa à Rêmora, na qual admitiu pela primeira vez o pagamento de propina.
Sguarezi é proprietário das empresas Aroeira e Renomat e confessou ter pago R$ 236 mil a título de propina para obter a liberação de R$ 3,1 milhões referentes às medições de obras executadas pelas empresas à Seduc/MT.
Atualizada ás 16h58 - O advogado Rodrigo Mudrovitsch, que faz a defesa do delator da Operação Rêmora, disse à imprensa que o empresário apenas reiterou aos promotores o depoimento que já havia prestado anteriormente.
“Ele apenas reiterou e ratificou o que havia dito no passado. Essas novas investigações decorrem exatamente do que ele trouxe em seu compromisso de colaboração com as autoridades. Não há novidades da parte dele”, disse o advogado.
Mudrovitsch disse ainda que o depoimento não tratou sobre as declarações do empresário Alan Malouf que acusou Guizardi ser o líder do esquema na Seduc/MT. O advogado ainda garantiu que o empresário tem o compromisso de dizer a verdade, e que ele devolverá aos cofres públicos o que recebeu ilicitamente.
“O meu cliente tem o compromisso de dizer a verdade e vem cumprindo com esse compromisso. Já houve reconhecimento por parte das autoridades com relação à validade do que ele disse e que acho que não nos compete agora entrar em polêmicas com o que os demais investigados falam, compete à Justiça investigar e apurar os fatos”, finalizou o advogado.
O empresário Giovani Guizardi deixou a sede do Gaeco sem falar com a imprensa.
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