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Política Sexta-feira, 31 de Março de 2017, 14:30 - A | A

Sexta-feira, 31 de Março de 2017, 14h:30 - A | A

Operação Imperador

Delator afirma que Nico Baracat intermediou fraudes na AL/MT e cita participação de empresário de VG

Geraldo Araújo & Lucione Nazareth / VG Notícias

 

A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, interroga nesta sexta-feira (31.03) testemunhas na ação penal relativa à Operação Imperador deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

No processo, o ex-deputado José Riva é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de desviar em torno de R$ 62 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa por meio de fraudes na aquisição de material de escritório. Segundo a denúncia do MP, as compras ocorreram de forma superfaturadas, no período de 2005 a 2009.

Atualizada ás 14h30 - A primeira que prestou depoimento foi a ex-secretária da Assembleia, Rosivania Mônaco de Jesus. Ela trabalhava na recepção do ex-secretário geral Edemar Adams, já falecido.

Em depoimento, Rosivania disse que todos os pagamentos efetuados pelo Adams eram em dinheiro. Ela revelou que o ex-deputado e hoje conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo frequentava o gabinete de Adams e que inclusive haviam estudado juntos e eram amigos.

O segundo a prestar depoimento é o empresário Elias Abrão Nassardem, dono das empresas (Livropel, Hexa, Amplo e Real) que teriam participado do esquema. Ele firmou acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Estadual.

Atualizada ás 14h38 - O empresário afirma que começou fornecer material para a Assembleia em 1998 por meio do ex-deputado Nico Baracat (já falecido). Ele disse que forneceu material e Nico Baracat mandou fazer uma licitação para pagá-lo e deixar um crédito.

Nassardem revela que foi realizada uma licitação, modalidade Carta Convite, com outras duas empresas para esquentar a compra, sendo que todas elas eram de propriedade de Elias, porém, com nome de familiares como sócios proprietários.

Atualizada ás 14h45 - Elias conta que foi realizada uma licitação no valor de R$ 39 mil, porém, ele vendeu apenas R$ 15 mil ao Legislativo. De acordo com ele, a diferença Nico ofereceu um percentual de 12% para pagar outras empresas.

Nassardem declarou que a princípio não aceitou a proposta do então deputado, mas posteriormente ele foi até Edemar Adams para resolver, sendo em seguido realizado um acerto para receber uma comissão que Nico Baracat havia negociado.

“Eu recebi R$ 39 mil, fiquei com R$ 15 mil, e devolvi o restante que havia combinado com Nico Baracat”, disse o empresário.

Ele contou que desde então passou a fazer cartas convite, receber e não entregar mercadorias a Assembleia Legislativa.

Elias disse que foi informado por Nico que deveria entregar o dinheiro para um homem identificado como Tejivam. Ele apontou que movimentou cerca de R$ 500 mil em todos os anos em que fez desvios no Legislativo.

Atualizada ás 14h55 - O empresário afirma que em 2004 participou de uma reunião quando definiram como seria dali para frente o suposto esquema na Assembleia. Elias cita que o empresário de Várzea Grande, Wilson Grafite (dono da Grafite Papelaria) participou do esquema e que chegaram a fazer reunião com o próprio Grafite para definir quem ganharia os lotes da licitação fraudulenta

Nassardem revela que Wilson Grafite realizou reuniões em sua empresa para definir o esquema para fazer as vendas. Segundo ele, o jornalista Antônio Carlos Milas, do jornal Centro Oeste Popular, começou a questionar sobre o esquema, e foi orientado por Grafite a não pagar nada, e a matéria foi publicada. 

O empresário disse que Wilson Grafite ganhava em tudo que era vendido no esquema, e que em 2006 fizeram uma reunião para definir a continuidade do esquema na loja do Wilson da Grafite.

Atualizada ás 15h03 - O empresário disse que Edemar mandou ele entregar em torno de R$ 200 mil para Jose Riva. Em 2007, ele passou valores em cheque para Wilson da Grafite e para um tal de Augusto. E continuaram "trabalhando" desta forma.

Atualizada ás 15h15 - Nassardem disse que combinou com Edemar que seriam feitas simulações de negócios para justificar futuras investigações e por isso que várias pessoas o acusam de ter negócios com ele.

O empresário garante que não comprou uma casa noturna de propriedade de Jurandir, dono da empresa Solução Cosméticos. Ele afirma que foi Edemar que repassou seu cheque para Juradir, mas não soube informar quais os motivos que fizeram Adams passar o cheque ao proprietário da Solução Cosméticos.

Atualizada ás 15h32 - Termina o depoimento de Elias Abrão Nassardem. O próximo a ser ouvido é o ex-deputado José Riva.

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