Em outubro o prefeito de Cuiabá declarou que muito provavelmente não será candidato nas próximas eleições
“Acho improdutivo, não estou entendendo o governador Mauro Mendes. Acho tão infrutífera, olha só, tudo que está aqui. Se houve várias inaugurações na minha gestão é porque ele não fez nenhuma”, respondeu o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), durante coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (08.11), ao ser indagado sobre a possibilidade de o governador Mauro Mendes (DEM) não estar presente na entrega da última etapa do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), que ocorre no próximo dia 18.
Segundo o prefeito, quando assumiu a gestão teve que pegar uma obra inacabada, com problemas técnicos, estruturais e sem dinheiro para terminar. “Eu prometi um Pronto-Socorro e entreguei o maior Hospital do Estado. Contra fatos não há argumentos”, disse.
O emedebista lembrou que o Ministério da Saúde reconhece que foi acertada a entrega do HMC em etapas, que favorece o principal objetivo, que é o paciente, o usuário do SUS. “O Ministério da Saúde colocou o HMC entre os três maiores e melhores unidades de saúde do país em implantação, principalmente, por causa da adesão responsável do prefeito Emanuel Pinheiro em entregar por etapas”.
Com as três entregas realizadas, o Hospital Municipal de Cuiabá já oferta 180 leitos clínicos, ambulatório, enfermaria, farmácia satélite, parque de imagens que atende serviços de ultrassonografia, endoscopia, colonoscopia e radiografia, além do refeitório.
Eleições 2020 - Emanuel Pinheiro afirmou que caso queira se reeleger em 2020, a “maior parte” do partido Democrata estaria disposto a apoiar sua candidatura. “A maior parte do DEM quer ficar com Emanuel Pinheiro, isso é coração. Coração não tem estatuto partidário. A maior parte do DEM quer me apoiar se eu for candidato. Dentro do gabinete do governador está ilhado, posso até dizer que a mioria dos assessores dele do DEM, tudo entusiamado pela gestão e querendo que ele pare com isso, porque estão querendo votar em mim se eu for candidato", revelou.
No entanto, apesar de sua certeza quanto aos seus apoiadores, Emanuel não decidiu ainda se irá realmente se candidatar novamente a prefeito da Capital em 2020. Vale lembrar que em outubro deste ano, ele declarou que “muito provavelmente” estaria fora do pleito eleitoral por questões familiares.
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“Eu não decidi se sou candidato ainda. O que eu mais estou achando interessante em todos os debates é que está uma briga de ‘querem o Emanuel, não querem o Emanuel’, sem eu decidir se sou candidato, isso mostra o quanto a minha gestão é apaixonante”.
Ao ser indagado sobre que nota daria para sua gestão, Emanuel disse que ainda é cedo para uma avaliação. “Deixa chegar ao final, eu não quero avaliar ainda. Agora que eu vou completar o terceiro ano, tenho mais um ano”. No entanto, segundo ele, para o seu esforço e sua vontade de trabalhar, sua nota é 10.
O prefeito também revelou que a primeira-dama, Márcia Pinheiro, o proibiu de receber sozinho, em seu gabiente, mulheres. Conforme Emanuel Pinheiro, a preocupação de sua esposa é que alguém possa fazer uma armação para ele - assim como acredita que foi feito ao vereador de Cuiabá, Advair Cabral (PSDB), acusado de assédio sexual.
"Minha esposa ficou tão preocupada com isso, que ela me proibibiu de atender mulher, sozinho em meu gabinete. Ela me falou, que chegou uma mulher é para alguém acompanhar. Quando uma mulher pedir audiência para mim, ela quer um assessor perto de mim, porque ela tem medo que alguém arme pra mim. Eu fui estuprada no gabinete do prefeito, fui assediada. Já pensou o estrago? Então estou proibido de atender mulher sozinho".
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