A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou nesta quarta-feira (23) convite ao ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli para prestar esclarecimentos sobre a operação de compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Ao contrário de convocações, os convites não obrigam as autoridades a comparecer ao Congresso. Por enquanto, ainda não há data prevista para o comparecimento de Gabrielli à Câmara.
O convite foi apresentado pelo líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), para que ele esclareça suas declarações sobre a presidente Dilma Rousseff e a compra da refinaria.
Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", Gabrielli disse que Dilma "não pode fugir da responsabilidade" sobre a aprovação da compra de Pasadena.
Em reação do Planalto, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) reiterou que a presidente aprovou a compra porque não foi informada de cláusulas contratuais que teriam gerado prejuízo a Petrobras.
A compra da refinaria é alvo de investigação da Polícia Federal, do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público por suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas, que questionam o preço da operação.
Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", o ex-presidente da Petrobras está disposto a comparecer à Câmara. Ele teria dito a interlocutores que não tem "por que não ir se for convidado".
Gabrielli defende a aquisição de Pasadena como um bom negócio. Ele já explicou no Congresso a compra da refinaria quando estava à frente da estatal. Também esteve recentemente reunido com a bancada petista da Câmara para falar do assunto quando voltou a defender o negócio.
Na última terça-feira (15), a atual presidente da Petrobras, Graça Foster, respondeu a perguntas dos senadores sobre as denúncias envolvendo a estatal. Durante a audiência no Senado, a executiva admitiu que a compra da refinaria de Pasadena não foi um bom negócio.
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