O senador Marcos do Val (Podemos-ES) protocolou no Senado pedido para abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar “expressivas discrepâncias” entre resultados de pesquisas de intenção de votos e o resultado das urnas na eleição do primeiro turno – realizado no último domingo (02.10).
Val alega possuir 29 assinaturas, duas a mais que o mínimo necessário, para instauração da CPI no Senado. Entre os que assinaram o pedido consta os senadores de Mato Grosso, Jayme Campos (União) e Wellington Fagundes (PL).
Cabe ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidir sobre a leitura do pedido da CPI no Plenário da Casa e, eventualmente, instalar Comissão.
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Justificativa da CPI
O parlamentar argumentou que as eleições deste ano comprovaram um fenômeno que vem sendo observado nos pleitos anteriores, qual seja, “expressiva discrepância entre a intenção de voto aferida e os resultados efetivamente apurados, notadamente as de curtíssimo prazo”.
Segundo ele, as variações entre os realizadores dessas apurações prognósticas, constatou-se “inaceitáveis desvios de balizamento de preferências e percentuais de diversos candidatos, mesmo em aferições de véspera dos pleitos”.
“A premente necessidade de aferição dos critérios técnicos e científicos das pesquisas praticados pelos principais operadores no País, de forma viabilizar a identificação objetiva de quem opera fora das margens toleráveis. Os expressivos e inegáveis impactos dessas pesquisas na formação do cenário político-eleitoral e, notadamente, na formação da decisão de voto pelo eleitor. A possibilidade convincente, porque bastante indiciária, de preferências de algumas instituições por determinados candidatos. As enormes variações prognósticas entre os diversos operadores, a indicar a óbvia e inegável existência de desvios inaceitáveis”, diz trecho extraído do requerimento.
Ainda segundo senador, existe uma urgência de uma investigação técnico-científica isenta, profunda e abrangente de todos os elementos incidentes nessas pesquisas, com ênfase nos elementos sociológicos, matemáticos, demográficos e também político-partidários envolvidos.
“Sobre essas razões, parece-nos inadiável a constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que se debruce sobre todos esses elementos e traga à luz, finalmente, o que está por trás da enorme margem erro diagnóstico que sem tem verificado”, sic requerimento.
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