O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), revelou ontem (07.02), que o ex-prefeito Chico Galindo (PTB) deixou uma dívida de R$ 968,4 milhões, entre dívidas da administração direta – que somam R$ 729.012.264,40 e indireta – que somam R$ 239.451.704,60.
Conforme relatório apresentado pelo socialista, entre as dívidas da Prefeitura de Cuiabá a maior é referente a empréstimos à Secretaria de Tesouro nacional (STN), no valor total de R$ 273.957.721,34.
Quanto ao resto a pagar, somam R$ 166,1 milhões, sendo que somente em 2012 ficou um débito de R$ 107,07 milhões. Constam ainda débitos referentes ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – R$ 110,6 milhões, e R$ 40 milhões do Programa Poeira Zero. Na administração indireta, a maior dívida é com a Sanecap – que soma R$ 229.182.988,00.
De acordo com Mendes, o relatório detalhado da dívida será disponibilizado no portal oficial da prefeitura na próxima sexta-feira (15.02) e também será encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT) e demais órgãos de controle.
O prefeito explicou que somente neste ano, a prefeitura deverá desembolsar R$ 77 milhões para efetuar pagamentos das dívidas que acarretará em prejuízo referente a investimentos na cidade.
O socialista havia feito uma estimativa de R$ 80 milhões do orçamento para investir no município, mas com o gasto para pagamento da dívida, os investimentos serão afetados, dependo somente da arrecadação. “Precisamos ser eficientes e ter foco”, afirmou Mendes.
Para minimizar o impacto, Mauro disse que a administração deverá ser responsável e só fazer gastos necessários. “Já orientei meu secretariado de que tudo o que precisar ser comprado ou investido, só será feito se houver orçamento e disponibilidade financeira”, colocou o prefeito.
Ele lembrou que essas dívidas são retidas do orçamento, sem qualquer possibilidade de adiamento, como no caso de precatórios. “Não posso escolher não pagar. Vamos honrar essas dívidas e economizar cada centavo do que for possível”, declarou.
Uma das alternativas para buscar recursos e investir na cidade é o governo federal. “É a forma que encontramos para que Cuiabá não fique anestesiada. Vamos debruçar nossas energias em buscar recursos federais. Teremos que realizar projetos dentro da possibilidade de recursos, mas ainda estou muito convencido de que faremos grandes transformações em Cuiabá”, finalizou Mauro.
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