O deputado estadual, Gilmar Fabris (PSD) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, para pedir aos colegas de parlamento abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar as supostas fraudes na expedição de certidões de créditos a agentes da administração fazendária feitos no Estado - conhecido como o esquema das “Cartas de Créditos”.
No final de setembro, Gilmar Fabris, o ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes, o ex-procurador geral do Estado, João Virgilio e mais 17 pessoas, foram indiciados em inquérito da Polícia Judiciária Civil (PJC) por envolvimento no esquema.
Segundo ele, caso o esquema existiu, fato que ele (Gilmar) nega, a Assembleia Legislativa precisa investigá-lo, já que segundo as investigações provocou um rombo de R$ 500 milhões ao erário público. “Nós como deputados e fiscais naturais, temos que investigar isso a fundo. Por isso eu peço que seja aberta uma CPI”, disse o deputado.
O parlamentar disse no plenário que os delegados da Polícia Civil, Carlos Fernando Cunha e Roger Jarbas, que investigaram o caso, não passam de mentirosos.
O social-democrata declarou que os delegados não tinham nem como saber de todo o conteúdo do processo do caso das “Cartas de Créditos”, porque assumiram o caso 30 dias antes de conceder a entrevista coletiva – que revelou o esquema e as pessoas indiciadas.
“O processo tem 141 volumes. Nem o melhor jurista do mundo consegue lê 141 volumes em 30 dias. Não existia como eles apresentarem um resultado final nesse tempo. Eles apenas pegaram o que interessava a eles e foram para mídia, na intenção de até de se alto promover”, disparou o parlamentar.
Gilmar falou: “Eles disseram que o esquema é maior que o mensalão. Segundo eles, o esquema trouxe um rombo de meio bilhão de reais (R$ 500 milhões). Então se esse esquema existiu, como esses delegados dizem, acredito que foi o maior do mundo”, ponderou.
O parlamentar negou que tenha adquirido com sua família uma fortuna, com o dinheiro das “Cartas de Crédito”, e afirmou que o escândalo das cartas é recente perto de alguns bens que adquiriu e foram citados no inquérito. "Tenho a casa em Jurerê Internacional há 10 anos e esse caso das cartas é de três anos. Fizeram isso para jogar para a mídia, trazer a população para dentro", frisou.
Ele disse ainda: “Temos que fazer a CPI e se nela mostrar que eu tenho alguma culpa, não precisa ninguém me prender. Eu mesmo coloco as algemas em mim e me dirijo para um presídio”, finalizou o deputado.
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