O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT), Eduardo Botelho (DEM) avaliou que o voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, pela sua volta à Presidência da Casa de Leis foi correto. Entretanto, vai esperar a decisão da Suprema Corte.
Gilmar Mendes divergiu do relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), ministro Alexandre de Moraes, e votou por manter a eleição que conduziu Botelho à presidência da Assembleia Legislativa, realizada em junho de 2020. O voto de Mendes foi apresentado na última sexta (17), em julgamento virtual previsto para ser encerrador em 24 de setembro.
Com o voto de Gilmar, a votação ficou empatada (1x1) - já que o relator ministro Alexandre de Moraes votou contrário. Ainda falta votar seis ministros que devem manifestar se irão acompanhar o relator ou o voto divergente até a próxima sexta (24). A ADI foi ajuizada pela Rede de Sustentabilidade em 2020, contra reeleição da Mesa Diretora, que conduziu Botelho pela terceira vez ao comando da AL.
Nós vamos aguardar a decisão e cumprir a decisão do Supremo
“Não estou mexendo, não acompanhei, eu não estou ansioso por isso, todavia se vier a decisão para assumir, nós vamos ter que retroceder e assumir. Eu entendo que esse afastamento foi ilegal, uma vez que o Supremo mesmo já tinha julgado. Eles fizeram um acórdão depois da nossa eleição. Então, realmente, eu acho que o voto do Gilmar é correto”, declarou Botelho.
Questionado se as mudanças atrapalham os trabalhos da Mesa Diretora, Botelho acredita que o presidente da AL/MT, Max Russi deve acatar sua recondução ao cargo sem nenhuma divergência.
“Claro! Se mandar tenho certeza que ele vai acatar a assim como eu acatei a saída ele foi colocado na Presidência. Eu não tenho nenhum desconforto com ele, estou muito tranquilo na primeira-secretaria e se ele continuar como presidente está ótimo. Se mudar também está tranquilo. Então não têm grandes mudanças e nem desentendimento”, garantiu Botelho.
Já o presidente da AL/MT, Max Russi afirmou que está tranquilo com a possibilidade de um retorno de Botelho. Segundo ele, na pior das hipóteses assume a primeira-secretaria, cargo ocupado antes da primeira decisão, que afastou o democrata do comando.
“Acho que o que acontecer desse julgamento eu estou bastante tranquilo na pior das hipóteses eu volto a ser secretário. Eu e Botelho temos uma relação muito boa e tranquila. Acredito que a decisão melhor vai acontecer. Temos que respeitar a decisão judicial, não se discute se cumpre!”, declarou Max.
Também indagado se ficou um clima de instabilidade na Casa, Max garantiu que não: “Se tivesse uma briga entre eu e o Botelho ou entre os deputados tudo bem, mas existe uma harmonia muito grande e uma tranquilidade muito boa”, declarou socialista.
A deputada Janaina Riva (MDB) também opinou sobre o voto de empate do ministro. Segundo a emedebista, a decisão só irá esclarecer qual o entendimento sobre a reeleição.
Temos que tentar fazer com que o clima seja o mais pacífico possível
“Essa votação é importante para nós da Assembleia, porque nós hoje não temos certeza do poder ou não acontecer. A gente espera que essa votação aconteça o quanto antes. Ela apesar de parecer que muda muito para a gente, mas o que vai mudar é só o entendimento, se a reeleição é possível ou não. Nós já acabamos com a reeleição na Assembleia através de um projeto de lei, já foi votada em 1ª, vamos votar em 2º é importante para a Assembleia essa alternância de Poder”, encerrou a emedebista.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).