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Política Sexta-feira, 06 de Agosto de 2021, 11:26 - A | A

Sexta-feira, 06 de Agosto de 2021, 11h:26 - A | A

interferência

Bolsonaro diz saber do amor de Barroso por Lula: “Mas ele não pode usar o poder para influenciar no voto impresso”

O presidente afirmou que Barroso estava mentindo, pois nenhum eleitor vai levar o voto para casa

Gislaine Morais/VGN

Marcos Corrêa/PR/Fotos Públicas

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Presidente da República Jair Bolsonaro

 

 

 

O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), durante sua live, na noite dessa quinta-feira (05.08), acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, de agir contra a democracia e se socorrer de outros colegas para se defender de uma coisa que ele não tem coragem de assumir sua posição.

Bolsonaro disse que não estava atacando o ministro, mas o acusou de mentir quando falou que o voto impresso é "a volta às cavernas, um retrocesso, porque o eleitor ia levar o papel para casa".

O presidente afirmou que Barroso estava mentindo, pois, nenhum eleitor vai levar o voto para casa, justificando que o eleitor votará e uma impressora vai imprimir, através de uma placa transparente, e se a pessoa concordar que foi impresso de acordo com a tela, ela aperta o botão, e o papel vai cair dentro um saco de lona, onde será aberto no final das eleições.

“As eleições continuam sendo apuradas de forma eletrônica, só que se faz também imediatamente após o fim das eleições a contagem pública dos votos, é o que é feito em países sérios. Na América do Sul o Paraguai adota esse sistema”, alegou o presidente.

Bolsonaro ainda ressaltou que Luís Roberto quer confundir a sociedade e associá-lo à milícia, dizendo que o Brasil não pode ter o voto no papel devido às milícias, crime organizado e Primeiro Comando da Capital (PCC).

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“Ninguém vai levar para casa o papel, ninguém vai vender lá fora o voto, cobrar o candidato pelo voto. Não existe isso. Será que é demais? Será que eu estou errando? Pedindo uma eleição democrática e transparente, uma contagem pública dos votos. Sempre me falaram que a democracia não tem preço. Recursos? Temos já acertado com a economia. Será que a pacificação entre o executivo e o judiciário é uma pequena impressora? Se bem que da minha parte não tem briga, só tem verdade.”

O chefe do Poder Executivo enfatizou que a verdade dói e disse que não quer desqualificar o ministro, mas sabe que ele é antagônico a sua pessoa. “As posições dele quanto ministro, as suas votações é direito de todo mundo que quiser criticar, que critique, quem quiser elogiar, elogie”.

Bolsonaro então questionou mais uma vez, o porquê do ministro não aceitar o voto impresso, alegando que os argumentos não funcionam. “Que poder de persuasão ele tem? A partir do momento que ele vai para dentro do parlamento brasileiro e se reúne com lideranças partidárias e no dia seguinte a maioria das lideranças começa a trocar os seus liderados da Comissão Especial que autorizava a PEC para votar contra o voto impresso. Isso é interferência ou não é?”.

O presidente completou, “Porque o Barroso não quer lisura na eleição, não quer o voto impresso, não quer contagem pública, o que está acertado para 2022? Nós sabemos do profundo amor e consideração que ele tem com o ex-presidente Lula, é um direito dele, mas usar o poder da força para influenciar, não cabe a ninguém do Supremo tentar influenciar decisões do parlamento. Se eu faço isso, estou em crime de responsabilidade. Então o que está acertado? Isso nos deixa em dúvidas”.

Ele finalizou acusando Barroso de dever favores ao PT. Segundo o presidente, ele foi advogado do terrorista italiano Cesare Battisti. "Ele defendeu como se fosse uma pessoa inocente, não só a Justiça italiana condenou Battisti, à Corte de Direitos Humanos da Europa foi na mesma direção. Ele veio para o Brasil, e o senhor Luiz Barroso [é um direito dele] advogou para um terrorista, não tem problema nenhum, mas ele fez isso para ganhar a simpatia do PT ”, concluiu Jair Bolsonaro.

 
 

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