Parece que não foi somente na segunda maior cidade de Mato Grosso que os “mortos” votaram nas eleições municipais. Distante a 26 quilômetros de Várzea Grande, o município de Nossa Senhora do Livramento também pode ter sido vítima de “eleitores fantasmas” no último pleito (2012).
O pleito eleitoral que consagrou o candidato Carlos Roberto da Costa – o Nezinho (PP) -, prefeito da cidade, com 5.369 votos – correspondente a 59,16%, também registrou voto de eleitor que já faleceu.
O eleitor “fantasma” foi um jovem de 31 anos, que residia na zona rural de Livramento. Apesar de o eleitor ter falecido antes de 07 de outubro, seu voto foi contabilizado nas urnas, ou seja, alguém usou o título do rapaz para exercer a democracia em seu lugar. Segundo fontes, pode haver outros casos no município e que deve ser apurado, assim como em Várzea Grande.
Em Várzea Grande as investigações sobre os votos de eleitores que já faleceram, estão sendo investigadas pela 49ª Zona eleitoral do município. Na última semana, a juíza responsável pela 49ª Zona Eleitoral, Marilza Vitório determinou a conferência do mapa de votação para comprovar, ou não, se os mortos votaram nas eleições municipais.
A denúncia sobre o registro de pessoas falecidas que votaram no município, foi protocolada pela coligação Unidade Social Democrática, que teve Lucimar Campos (DEM) como candidata a Prefeitura de Várzea Grande. De acordo com os advogados da coligação, Antonio Carlos Kersting Roque e Garcez Toledo Pizza, mais de 100 títulos de eleitores de pessoas que já faleceram foram usados para votar no pleito eleitoral. Os advogados conseguiram juntar documentos de 47 mortos, que comprovam que eles estão quites com a justiça eleitoral. O Ministério Público Eleitoral está analisando o processo.
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