O deputado estadual eleito João Batista do Sindspen (PROS), em entrevista ao oticias no Ar, nesta quinta-feira (18.10), disse que os eleitores deram um recado à classe política mato-grossense na última eleição.
“As urnas deram uma lição para a classe política de Mato Grosso. A população chegou e deu um recado muito claro para os políticos de Mato Grosso, tendo uma renovação de 14 parlamentares, equivalendo a 58%. Não houve uma renovação maior porque alguns tiveram um poder econômico muito grande. Aqueles que hoje conseguiram chegar lá e não mostrar serviço pode ser que haja uma renovação de 100% no futuro. Acredito que a população acordou, foi para as ruas e deu recado nas urnas. Ela quer que a classe política acorde”, disse Batista.
O deputado eleito contou que o grande problema do Estado não é o serviço público e sim a corrupção. “Tem um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que aponta o seguinte, 40% daquilo que é arrecadado dos impostos são destinados à corrupção, má gestão e também para a sonegação. Então, o grande problema hoje, não é o serviço público em si. Na verdade, o serviço público é a solução do problema, é ele que leva saúde, educação, segurança, esporte e lazer. Criaram uma cultura errada, que a população deve servir a política, mas a essência é ao contrário, o povo deve ser servido pela política”, declarou.
Questionado sobre a Mesa Diretora da Assembleia Legialtiva para o próximo biênio (2019/2020), Batista disse que conversou com o candidato à presidência deputado Eduardo Botelho (DEM), mas que irá votar no candidato que der a melhor proposta para Mato Grosso.
“Tive uma conversa com o Botelho e com o Maluf. Também conversei com a Janaína, mas ainda não falamos sobre a Mesa Diretora. Conversei com os novatos e deixei bem claro que irei votar em quem tiver a melhor proposta. Principalmente com todos que já conversei deixaram bem claro, que há gordura para queimar na AL/MT e pode ser utilizado em lugares que realmente precisa. Eles não querem devolver o dinheiro para o Estado, pois podem ser utilizados em lugares em que não precisam”, enfatizou.
Indagado sobre a redução de Secretaria e exonerações de comissionados, João Batista disse que irá defender o que é de direito dos servidores. “Eu vou levar para a Assembleia a mesma vontade de trabalhar no Sindicato. O que é direito dos trabalhadores, eu vou defender. Assim como, dá para fazer auditoria e tirar as isenções fiscais das empresas que não geraram empregos necessários para ter a isenção, estes grandes magnatas que ficaram ricos às custas de trabalhadores análogos a escravo em Mato Grosso”, criticou.
Perguntado sobre o segundo turno da eleição presidencial, Batista disse que os dois presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) estão preocupados em se acusarem ao invés de mostrar propostas.
“Tem um discurso de ódio dos dois lados. Não tem a política de propostas, os dois estão preocupados em mostrar quem é mais criminoso. A corrupção não começou no governo do PT, sempre existiu, porém, a Justiça está julgando e condenando de forma correta quem está cometendo crime. Jair Bolsonaro tem propostas boas na área da segurança pública, mas não podemos perder o foco no bem-estar social. Na questão do sindicalismo, todos direitos dos trabalhadores foram benéficos e conseguiram os direitos trabalhistas vigentes hoje”, pontuou João Batista.
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