O vice-governador Carlos Fávaro (PSD) confirmou ser candidato a uma das vagas ao Senado, aberta com o anúncio da saída da disputa eleitoral de 2018, do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), senador licenciado Blairo Maggi (PP).
“Com a desistência do ministro Blairo, o PSD viu que poderia ter um representante ao Senado – já que aquele compromisso estava invalidado – decidimos tentar buscar, ocupar esse espaço, de forma muito tranquila, conversei com a bancada avaliamos, conversei com o governador Pedro Taques (PSDB) e fizemos o anúncio dessa pré-candidatura, sem condicionante, sem desrespeitar ao combinado com outros partidos, vamos dialogar de agora em diante”, afirmou o vice-governador, durante entrevista à Rádio Capital FM, nesta quinta-feira (01.03).
Quanto a Maggi se manifestar em favor da candidatura do deputado federal, Adilton Sachetti (sem partido), para sua sucessão, Fávaro, apesar de elogiar a atuação do seu oponente, disse apostar na escolha do grupo.
“O Sachetti é um grande líder, representante do agro, preparado, é legítimo ele pleitear também, a relação dele com Blairo Maggi, de compadres amigos, é natural. Mas é claro que ele disse para todos em auto e bom som, que se ele fosse comprar apoio para alguém, podia ele ser candidato também, então as coisas vão acontecer de forma natural e quem quer que seja os escolhidos do grupo, eu tenho certeza que o Blairo vai apoiar.”
Sobre as críticas na administração do governador Pedro Taques (PSDB), Fávaro pontuou que foram questões de coerência e afirmou que aliado tem que falar a verdade. As críticas foram à ação da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) de multar máquinas agrícolas sem nota fiscal.
“Eu acho que aliado é isso, falar a verdade! Eu sempre, quando chamado, colaborei internamente, com relação as notas fiscais na época de colheita, o que eu pedi é bom-senso. No caso específico, há de se entender a particularidade de uma colheita, ainda mais deste ano, muito chuva, com perdas importantes”, pontuou.
Outra crítica do vice-governador, foram em relação ao suposto desvio de finalidade dos recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab).
“Com relação a Fethab, é outra a questão de coerência. Em 2013, o governo Silval Barbosa desviava recurso do Fethah para a Copa do Mundo - o que não é permitido por lei, o Fethab tem destinação específica, e eu na época, como presidente Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja-MT), protocolizei uma ação por desvio de finalidade. Eu não posso agora, mesmo compreendendo o momento difícil que o Estado vive, compreender que os recursos do Fethab sejam desviados de sua finalidade, mesmo sabendo que temos exigência de prioridades, como saúde e folha de pagamento”, concluiu.
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