O governador Mauro Mendes (DEM), disse que está confuso quanto a reabertura do comércio e demais atividades econômicas na Capital. A declaração do democrata ocorreu nesta segunda-feira (01.06), durante entrevista à Rádio Mega FM.
“Cuiabá foi a cidade que teve o maior índice de paralisação, de redução. Eu fiquei um pouco contrariado porque quando nós tivemos o primeiro caso, fechou tudo. Mandou fechar comércio, mandou fechar tudo. Agora, com 700 casos, manda voltar tudo. Qual é a lógica?”, questionou.
Mendes afirmou que medidas como o lockdown e o isolamento social são importantes e devem ser adotadas, no entanto, no momento certo. O governador criticou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) alegando que o emedebista foi precipitado nas ações de combate à Covid-19 em Cuiabá. “Se você está lá em baixo, no primeiro caso, não tem uma curva grande de crescimento. Tanto que nós registramos o primeiro caso há mais de 70 dias. Foi dia 20 de março, se eu não me engano”, disse.
Ainda, durante a entrevista, Mendes argumentou sobre as razões do Governo não ter restringido as atividades econômicas e apenas ações de restrição do convívio social. “Nós começamos a adotar medidas para restringir o convívio social, mas o Governo nunca recomendou essas restrições econômicas, porque quando a gente fala de economia, não estamos falando desse negócio abstrato, teórico. Estamos falando da vida das pessoas, dos empregos, das micro e pequenas empresas. Das pessoas que trabalham na área de eventos, nos bares, nos restaurantes, nos salões”.
Ele comentou também sobre que um lockdown de seis meses, como alguns defendem, irá prejudicar muitas pessoas que precisam trabalhar para sustentar suas famílias. “Tem gente falando: ‘se precisar ficar seis meses de lockdown, que fique então. Se precisar parar seis meses, que pare’. [Falam isso] porque estão com a prateleira cheia, estão com a conta bancária cheia. A grande maioria absoluta das pessoas não têm essa realidade, elas precisam trabalhar”.
Ainda, segundo Mendes, ao invés de fechar tudo, para evitar o contágio pelo novo coronavírus, o certo é aumentar os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs), que é o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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