O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), anunciou nesta terça-feira (18) que a concessão da área onde está localizado o Shopping Popular será revisada. Seguindo um posicionamento do Ministério Público, o gestor adiantou que não aceitará a contrapartida de R$ 14 milhões em uma usina fotovoltaica, prevista no contrato firmado em 2023 pela gestão anterior. Segundo Abílio, o valor é muito inferior ao que a área realmente vale.
"Não vamos ceder ao Shopping Popular toda aquela área do Centro de Convivência de Idosos. O Ministério Público já se posicionou, afirmando que o valor de R$ 14 milhões está muito abaixo do valor real. Aquela usina não vale tudo isso, assim como o terreno tem um valor muito maior", afirmou o prefeito.
O chefe do Executivo municipal explicou que encaminhará um projeto para a Câmara de Vereadores, solicitando a alteração na lei aprovada no ano passado, durante a gestão de Emanuel Pinheiro (MDB). O objetivo é restringir a concessão, mantendo o funcionamento do Shopping Popular, mas sem prejudicar o Centro de Convivência de Idosos.
"Vamos propor uma alteração na lei. A ideia é ceder uma pequena parte da área para o Shopping Popular, mas garantir a preservação do centro de convivência, que é um espaço importante para nossos idosos. O valor da contrapartida precisa ser justo, compatível com o mercado", destacou Brunini.
O prefeito lembrou ainda que o Shopping Popular deixou de ser apenas um conjunto de permissionários e, atualmente, funciona como uma empresa privada. "Essa empresa privada está buscando obter um terreno público e, por isso, deve assumir uma responsabilidade proporcional ao valor desse bem. Vamos dialogar, mas sem aceitar qualquer tipo de prejuízo ao interesse público", ressaltou.
A proposta de alteração na lei será encaminhada ao Legislativo nos próximos dias. O prefeito garantiu que os permissionários serão ouvidos no processo, mas reiterou a necessidade de manter o equilíbrio entre o interesse privado e o patrimônio público.
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