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Política Sexta-feira, 25 de Agosto de 2017, 18:12 - A | A

Sexta-feira, 25 de Agosto de 2017, 18h:12 - A | A

Citado em delação

A mando de Silval, secretário de VG pagou serviço não prestado de gráfica para beneficiar campanha de Lúdio

Rojane Marta/VG Notícias

Reprodução

marcos lemos

Marcos Lemos obedeceu ordens de Silval Barbosa

O atual secretário de Comunicação de Várzea Grande, Pedro Marcos de Campos Lemos, foi citado na delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), por ter autorizado pagamento à gráfica Milenium, de propriedade do Grupo Gazeta de Comunicação, pertencente ao João Dorileo Leal, sem que esta prestasse o serviço.

Conforme delação, Marcos teria autorizado o pagamento, sem a devida prestação do serviço, mediante ordem de Silval Barbosa, para beneficiar o então candidato ao governo do Estado, nas eleições de 2014, petista Lúdio Cabral.

Silval diz se recordar que no ano de 2014, o PT havia se comprometido em mandar de R$ 6 a R$ 7 milhões de reais para auxiliar na campanha de Lúdio Cabral ao governo do Estado de Mato Grosso, tendo mandado apenas em torno de R$ 1 milhão. Na campanha de Lúdio para o governo do Estado e Welington Fagundes para senador da República foram prestados serviços gráficos através da gráfica Milenium, ficando um saldo devedor de R$ 3 milhões de reais.

“Esse remanescente foi pago de duas formas, o valor de R$ 1.800.000,00 foi pago através da SECOM, através de serviços não prestados pelo Grupo Gazeta ao Estado com o devido recebimento, sendo tal fato realizado pelo secretário da SECOM, Pedro Marcos de Campos Lemos, tendo em vista pedido do colaborador para Pedro Marcos autorizar tal pagamento” diz trecho da delação.

O valor remanescente de R$ 1,2 milhão, conforme Silval foi cobrado de maneira insistente por Dorileo Leal no ano de 2015, sendo que, por fim, o peemedebista conversou com Pedro Nadaf - ex-secretário da Casa Civil, que acabou repassando para Dorileo Leal dois imóveis para quitar tal débito.

“Esse valor pago por Pedro Nadaf, que posteriormente seria descontado de uns valores que deveriam receber da JBS, com detalhes que constam do anexo próprio. Ainda na campanha de 2014, para LUDIO CABRAL, Senador Wellington e deputados federais e estaduais ficou um débito com a gráfica Print em torno de R$ 2 milhões de reais, sendo que o irmão do colaborador, juntamente com o Procurador do Estado de Mato Grosso aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, acabou repassando R$ 800 mil reais em dinheiro que havia recebido de propina da JBS, sendo que o restante foi passado através de 2 a 3 apartamentos que o colaborador recebeu da Construtora São Benedito” diz delação de Silval.

Eleições de 2010 - Ainda, segundo consta da delação, a gráfica Milenium prestou serviços gráficos para as campanhas majoritárias para o ano de 2010 no Estado de Mato Grosso, e deputados estaduais e federais da coligação, tendo ficado um saldo para pagamento no valor aproximado de R$ 4 milhões de reais.

Após a campanha, Silval disse que começou a receber cobranças de Dorileo Leal para pagamento dessa dívida, oportunidade em que o ex-governador, juntamente com EDER MORAES, contactaram a diretoria do BIC BANCO e, com a concordância da diretoria do Bic Banco, efetuaram um empréstimo junto a tal banco em nome das empresas do GRUPO GAZETA no valor aproximado de R$ 4 milhões de reais.

A forma encontrada para pagar tal financiamento foi através de uma prestação de serviço não executada pela Secretaria de Comunicação do Estado, em face do Grupo Gazeta, sendo que com os valores recebidos pelo Estado, Dorileo Leal quitou o financiamento do BIC BANCO, sem a prestação devida dos serviços junto ao Estado.

O mesmo procedimento, conforme Silval, foi realizado com o Diário de Cuiabá, tendo sido feito um financiamento junto ao BIC BANCO no valor em torno de R$ 1 milhão de reais, pago também através da Secretaria de Comunicação, por serviços não executados.

Tal assunto, segundo Silval, foi tratado com Gustavo Capilé, que recebia do Estado para quitar o empréstimo junto ao BIC BANCO sem prestar o serviço contratado junto ao Estado. Nesta época, quem comandava a Secom/MT era Osmar de Carvalho.

 

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