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Polícia Terça-feira, 18 de Agosto de 2015, 17:16 - A | A

Terça-feira, 18 de Agosto de 2015, 17h:16 - A | A

Em Mato Grosso

Polícia investiga 24 madeireiras suspeitas de esquentar produtos florestais

O esquema estaria operando há quatro anos

PJC-MT

Vinte e quatro madeireiras da Região Norte do Estado de Mato Grosso são investigadas pela Polícia Judiciária Civil em esquema montado para comercialização ilegal de madeira, com uso de créditos e guias florestais falsas, para “esquentar” carregamentos que saiam de Mato Grosso com destino a outros estados. 

O esquema estaria operando há quatro anos e teria inserido no mercado mais de 63 mil metros cúbicos de madeira ilegal, equivalente a mais de dois mil bitrens carregados. Com a suspensão das atividades das madeireiras, mais de 100 mil metros cúbicos de madeiras foram bloqueados. A metragem representa três mil carretas bitrem carregadas. 

O funcionário de uma das empresas investigadas e três motoristas de caminhões carregados com madeiras clandestinas foram presos, na operação “Fornalha”, deflagrada na semana passada pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) em conjunto com o núcleo de inteligência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). 

De acordo com a Dema, as empresas tiveram as atividades suspensas. Uma das madeireiras de “fachada” funcionava em uma residência, no município de Alta Floresta (803 km ao Norte), onde segundo as investigações era mantido o núcleo do esquema. 

No endereço da empresa denominada FZ Indústria e Comércio e Exploração de Madeiras LTDA, também operava outra madeireira de fachada de nome Izaac Batista de Brito Comércio de Madeiras - ME. “Nessas empresas os investigados realizaram um grande volume de movimentações fraudulentas de créditos florestais e também comercializavam guias”, disse o delegado da Dema, Gianmarco Paccola Capoani. 

Conforme o delegado, a investigação da operação “Fornalha” começou há três meses, com o objetivo de combater a exploração ilegal de madeira e fraudes nos sistemas de controle do comércio e transporte de produtos florestais. 

No inquérito policial, foi detectado que a empresa FZ, em Alta Floresta, era uma “madeireira fantasma”, ou seja, uma empresa de “fachada” com a finalidade de emitir e vender Guias Florestais. No local, na última quinta-feira (13.08), um funcionário foi preso quando finalizava a impressão de três guias florestais, supostamente falsas, para esquentar carregamentos de madeira serrada, procedente do município de Nova Monte Verde (968 km ao Norte) com destino a três municípios do Estado de São Paulo. 

O funcionário foi autuado em flagrante por falsidade ideológica e uso de documento falso. No escritório também foram apreendidos documentos e R$ 10 mil dinheiro. 

Na sexta-feira (14.08), equipes da Dema, do Ibama com apoio da Polícia Rodoviária Federal conseguiram interceptar três caminhões carregados com madeira, em trechos de Alta Floresta a Cuiabá. O primeiro caminhão foi apreendido na região de Rosário Oeste (128 km ao Norte), nas abordagens quase simultâneas da equipes de policiais e fiscais do Ibama. O segundo foi parado na região do Posto Gil, em Diamantino (208 km ao Médio-Norte) e o terceiro em Sorriso (420 km ao Norte) 

Os veículos estavam carregados com madeira e possuíam documentação (nota fiscal e GF) emitida pela empresa “fantasma” FZ Industria e Comércio e Exploração de Madeiras LTDA.. 

O delegado Gianmarco Paccola disse que o esquema é muito grande e ainda não é possível dimensionar o tamanho. “As investigações demandam ainda uma série de diligencias e no momento não há previsão para seu encerramento”, destacou. 

Conforme o delegado, equipes policiais e de fiscais ainda estão na região de Alta Floresta para checagem das empresas e vistorias dos pátios para confronto daquilo que está declarado no Sistema com o que tem de fato em seus depósitos. 

A operação contou com o apoio da Delegacia Regional de Alta Floresta e da Polícia Rodoviária Federal. Os envolvidos no esquema poderão responder por associação criminosa, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e ambientais. 

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