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Polícia Segunda-feira, 22 de Maio de 2023, 09:28 - A | A

Segunda-feira, 22 de Maio de 2023, 09h:28 - A | A

Operação Fenestra

Superintendente de Saúde é preso por desvio de medicamentos da UPA do Ipase

Além do superintendente de Saúde, também são alvos da operação chefes da farmácia da Upa Ipase e um empresário do ramo de medicamentos

Giovanna Bitencourt/VGN

O superintendente da Atenção Secundária, responsável pelas duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Ipase e Cristo Rei, além do Centro Especializado em Reabilitação (CER) de Várzea Grande, Oswaldo Prado Rocha, foi preso nesta segunda-feira (22.05) por suposta participação em esquema de desvio de medicamentos da farmácia da Unidade de Pronto Atendimento (Upa Ipase) de Várzea Grande. A ação faz parte da Operação Fenestra.

De acordo com Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), ao todo estão sendo cumpridos 22 mandados, sendo quatro mandados de prisões preventiva, oito de busca e apreensão domiciliar, quatro mandados de suspensão do exercício de função pública de agentes públicos da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, além de mandado de sequestro de veículo pertencente ao superintendente de Saúde do município. As ordens foram expedidas pelo juízo da 4ª Vara Criminal de Várzea Grande.

Ainda segundo a Polícia, além do superintendente de Saúde, também são alvos da operação chefes da farmácia da Upa Ipase e um empresário do ramo de medicamentos.

Também foram determinadas quatro medidas cautelares a investigados que responderão em liberdade, como a proibição de frequentarem qualquer unidade de saúde, hospital ou pronto-socorro público de Várzea Grande, exceto como pacientes.

As investigações iniciaram em abril de 2022 e apontaram o envolvimento de servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, dentre eles o superintendente, chefes de farmácia, motoristas e auxiliares.

Conforme a apuração, os indícios indicam que os medicamentos eram receptados por um empresário que atua no ramo de medicamentos e utilizando “laranjas” para pagar vantagem indevida à agentes públicos, por intermédio de transferências bancárias e compra de veículo, visando a ocultação ilícita dos bens e valores.

Nas diligências foi constatado que, no período de pandemia da Covid-19, foi aberta uma janela nos fundos da farmácia da Upa Ipase, supostamente para evitar o contato entre pacientes e servidores, contudo, evidências indicam que foi utilizada para os desvios de medicamentos.

A Deccor identificou alteração irregular no sistema de dados relacionados ao controle de saída de medicamentos da UPA/IPASE para ocultar a dispensa ilícita de remédios, sendo inclusive dispensado medicamentos para paciente já falecidos.

Ainda durante as investigações foi demonstrado que as subtrações de medicamentos eram realizadas sob a liderança do superintendente de Saúde de Várzea Grande, destacando assim em especial a atuação delituosa dos agentes públicos, chefes de farmácia, sem a qual certamente os fatos não ocorreriam em prejuízo da farmácia da Upa de Várzea Grande.

Outro lado - A Prefeitura de Várzea Grande, por meio do secretário de Comunicação, Marcos Lemos, afirmou estar apurando os fatos e irá emitir uma nota. 

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