A Polícia Federal deflagrou no início da manhã desta quinta-feira (19.09), a Operação Miquéias, que cumpre 27 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão em nove Estados brasileiros, entre eles, Mato Grosso.
Segundo fontes do VG Notícias, em Cuiabá, foi feito busca e apreensão no escritório do advogado Marden Euvis Fernandes Tortorelli, na rua Canadá, bairro - Santa Rosa. O presidente da OAB/MT, Maurício Aude foi informado da operação hoje pela manhã - e destacou o presidente do Tribunal de Defesa das Prerrogativas dos Advogados, o Luiz da Penha, para acompanhar o caso. Marden esteve na Polícia Federal prestou esclarecimentos e foi embora. Aude também esteve na sede da PF acompanhando o colega.
Conforme a Polícia Federal, as investigações começaram há um ano e meio para apurar lavagem de dinheiro - por meio da utilização de contas bancárias de empresas de fachada ou fantasmas, abertas em nome de “laranjas”. Nos dezoito meses de investigação, a polícia estima que foram sacados mais de R$ 300 milhões de reais nas contas dessas empresas.
A Polícia Federal disse que detectou a existência de um "verdadeiro serviço de terceirização para lavagem do dinheiro proveniente de crimes diversos". Nas investigações foi detectado ainda pela PF, que policiais civis do DF eram responsáveis pela proteção da quadrilha.
Já foram presas mais de 16 pessoas no início da operação, só no Distrito Federal já foram presas 14 pessoas. Também foram apreendidos 16 carros importados e uma lancha.
A organização criminosa aliciava prefeitos e gestores de Regimes Próprios de Previdência Social para que eles aplicassem recursos das respectivas entidades previdenciárias em fundos de investimentos com papéis geridos pela quadrilha, o que configurava o desvio dos recursos. Os prefeitos e gestores dos regimes próprios de previdência eram remunerados com um percentual sobre o valor aplicado.
Irregularidades - De acordo com a polícia, foram confirmadas irregularidades especificamente nos Regimes Próprios de Previdência Social das seguintes prefeituras: Manaus/AM, Ponta Porã/MS, Murtinho/MS, Queimados/RJ, Formosa/GO, Caldas Novas/GO, Cristalina/GO, Águas Lindas/GO, Itaberaí/GO, Pires do Rio/GO, Montividiu/GO, Jaru/RO, Barreirinhas/MA, Bom Jesus da Selva/MA e Santa Luzia/MA.
Os presos devem responder por gestão fraudulenta, operação desautorizada no mercado de valores mobiliários, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica.
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