O vereador de Várzea Grande, Miguel Angel Claros Paz Junior, conhecido como Dr. Miguel Junior (Cidadania), foi preso na madrugada de domingo (27.04), na avenida Historiador Rubens de Mendonça, no bairro Araés, em Cuiabá, pelos crimes de desacato, desobediência, resistência e tráfico de influência.
Conforme boletim de ocorrência, o vereador estava em um veículo de aplicativo, quando teriam passando em frente a um posto de combustível e ele mostrado o dedo do meio para policiais militares que estavam no local.
Diante do ocorrido, a equipe policial iniciou o acompanhamento do veículo VW Jetta, utilizando sinais sonoros e luminosos. O automóvel foi abordado, e os militares solicitaram que os cinco ocupantes desembarcassem.
Segundo relato dos policiais, Dr. Miguel aparentava estar embriagado e se recusou a ser revistado, afirmando: "não vou colocar a mão na cabeça, porra nenhuma". Após nova ordem e diante da resistência, foi necessário o uso de contato físico, mas o vereador continuou resistindo, o que levou os policiais a utilizarem spray de pimenta para contê-lo.
No momento de ser algemado, Dr. Miguel teria adotado um tom ameaçador, afirmando ser vereador e que, caso não fosse liberado, ligaria para o coronel PM Henrique e para o secretário de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso, César Augusto Roveri, na tentativa de influenciar os agentes públicos.
Diante dos fatos, o parlamentar foi conduzido à Central de Flagrantes de Cuiabá.
O motorista de aplicativo relatou aos policiais que foi solicitado por funcionários da boate Valley Pub para levar o vereador embora, pois ele teria se envolvido em uma confusão.
Outro lado
A reportagem do entrou em contato com o vereador Dr. Miguel, que informou que iria esclarecer a situação por meio de nota. O espaço permanece aberto para manifestação.
Atualizada
Leia nota na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Em respeito à população de Várzea Grande e a todos que acompanham meu trabalho, esclareço que não estive envolvido em briga em boate, como foi divulgado. Apenas pedi a um segurança que chamasse um carro de aplicativo, pois meu celular estava com problemas.
Durante o trajeto, houve uma discussão verbal entre amigos no carro. Ao avistar viaturas, pedi ao motorista que encostasse. Desci do veículo de forma pacífica e fui abordado pela Polícia Militar. Apesar da tensão do momento, jamais desrespeitei ou ameacei os policiais.
O motorista do aplicativo, testemunha do fato, compareceu espontaneamente à delegacia e confirmou que não houve qualquer gesto ou atitude agressiva contra os policiais. Além disso, no Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), o delegado reconheceu que não houve desacato e que não ficou comprovado o dolo, ou seja, a intenção de desrespeitar os servidores públicos.
Reafirmo meu profundo respeito à Polícia Militar e a todos os servidores públicos.
Lamento o ocorrido e peço desculpas à população de Várzea Grande e de Mato Grosso por qualquer transtorno causado. Reitero meu compromisso com o respeito às instituições e com a responsabilidade que o cargo que ocupo exige.
Dr. Miguel Júnior
Vereador – Cidadania
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