As equipes do Núcleo de Pessoas Desaparecidas da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), liderada pelo delegado Caio Fernando Albuquerque, apreenderam 30 armas perfurantes, entre elas, facas, facões, punhais e canivetes, na casa de uma pessoa investigada por envolvimento no sequestro, tortura, assassinato e ocultação de cadáver dos quatro trabalhadores maranhenses.
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As apreensões foram realizadas na tarde dessa terça-feira (19.12), no bairro Brasil 21, região do Osmar Cabral, e segundo o delegado, a residência onde as facas foram localizadas é próxima da casa onde as vítimas foram executadas e próximo do imóvel de outros investigados no crime.
Caio explicou que uma das armas apreendidas pode ter sido utilizada para cortar o pescoço de uma das vítimas e torturar as outras. “São facas que foram usadas ao que parece para homicídios, inclusive, pela dinâmica e pelos elementos que a gente apurou, pode ter sido um dos instrumentos ou os instrumentos utilizados para o homicídio dos Maranhenses”, pontual.
Conforme o delegado, as armas perfurantes estavam expostas em cima de uma mesa da residência, de forma incomum, e ao que tudo indica, elas estavam gastas, descartando a possibilidade de serem objetos de colecionador. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) esteve no local para coletar evidências e analisar o material apreendido.
Caio esclareceu que a apreensão das armas faz parte da segunda fase da Operação Kalypto, deflagrada pela DHPP, para investigar as mortes de Tiago Araújo, 32 anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos e Clemilton Barros Paixão, 20 anos, executados em março de 2021, a mando de uma organização criminosa.
Além disso, as equipes buscam coletar evidências que levem aos corpos das vítimas, que até hoje não foram localizados.
As vítimas eram dois irmãos, um cunhado e um amigo, que vieram para Mato Grosso, em busca de trabalho, e em Cuiabá tiveram uma facção criminosa que julgou que eles eram integrantes de uma organização rival e determinaram a morte dos maranhenses.
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