Iris Divino de Freitas, 40 anos, acusado de enterrar viva a companheira Enil Marques Barbosa, 59 anos, confessou na madrugada desta sexta-feira (13.09), que antes do crime a casal havia tido uma discussão. Veja o vídeo do depoimento completo no final da reportagem.
Preso na residência da vítima, no Distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá, Iris relatou que o crime ocorreu no final de semana passado. Segundo ele, durante o desentendimento empurrou Enil, e ela teria caído e batido com a cabeça, vindo a desmaiar.
Divino detalhou momentos antes do crime
O criminoso iniciou o relato afirmando que Enil tinha muito ciúme dele. Segundo Iris o casal discutia às vezes, mas naquele sábado (07) deu “zebra”. Divino disse que a discussão começou somente pelo fato dele ter saído do serviço e ter feito um outro trajeto a convite de um conhecido. Iris disse que Enil foi atrás dele e para não dar "bafão" perto dos outros deixou o local e foi para casa.
Na residência, Iris disse que a vítima rasgou sua camisa e por algumas vezes pediu para que ela parasse. “Ela bateu no meu orgão genital e veio atrás de mim rasgando minha roupa e eu falando para com isso. No momento que ela me mordeu e a empurrei e ela bateu a cabeça”, declarou ele.
O criminoso alega que ela desmaiou após bater a cabeça. Após o desmaio, ele detalhou que amarrou os pés e as mãos da companheira e a enterrou com vida. Ele acrescentou que juntou folhas e jogou em cima da cova e ateou fogo. O criminoso mencionou que Enil ainda fez uma tentativa de sair da cova retirando um braço, que foi queimado.
Crime desvendado após desconfiança dos filhos
Os filhos de Enil procuraram a polícia para informar que a mãe estava desaparecida e algo de estranho estava acontecendo, pois Enil estava respondendo às mensagens por escrito e ela não sabia fazer isso, apenas mandava áudios.
Os policiais foram até a casa da vítima, mas no primeiro momento o suspeito disse que ela estaria viajando. Os filhos, desesperados à procura de notícias da mãe, permaneceram na casa e ao ligar para o telefone dela, descobriram que o aparelho celular dela estava debaixo da cama.
Eles então acionaram mais uma vez a polícia, e dessa vez o suspeito confessou o crime e ainda apontou onde havia enterrado a companheira.
Prisão e autuação
O autor do crime, foi encaminhado à sede da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), interrogado e autuado pelos crimes de homicídio qualificado em feminicídio e ocultação de cadáver.
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