Gilvânio dos Santos, 27 anos, acusado de matar o ex-patrão, o empresário Mario Martello Júnior, 68 anos, confessou em depoimento que tentou se passar pelo idoso e mandar mensagens vias WhatsApp pedindo dinheiro para familiares e amigos. Conforme o delegado Bruno Abreu, em coletiva à imprensa na manhã desta quarta-feira (04), o suspeito ainda roubou o cartão da vítima e passou na maquininha da ex-esposa o valor de R$ 1,050 mil, sendo que desse valor R$ 980 no “jogo do tigrinho”.
O empresário foi encontrado morto nessa terça-feira (03), nas dependências de sua empresa de reciclagem, localizada no bairro Jardim Industrial, em Cuiabá. Leia matéria relacionada - Empresário é encontrado morto em empresa de reciclagem dois dias após desaparecer
Suspeito diz que foi cobrar "direitos trabalhistas"
Abreu disse que Gilvânio relatou que prestava serviços para o idoso e na sexta-feira (30.08), havia pedido as contas alegando que o patrão estava devendo direitos trabalhistas. No sábado (31), o suspeito retornou na empresa e ambos tiveram uma discussão e entraram em vias de fato, sendo que Mario teria caído e batido com a cabeça em uma máquina e ficado inconsciente.
O suspeito disse que ficou desesperado, amarrou os pés do idoso e em uma máquina e carregou o corpo para um lugar de difícil acesso. Ele disse que percebeu que Mario ficou consciente, mas não prestou socorro e abandonou a vítima no local.
Delegado desmente versão
O delegado Bruno Abreu negou a versão do suspeito explicou que os peritos constataram que os ferimentos na cabeça do idoso foram feitos por algum objeto contundente, pois chegaram a quebrar os ossos da parte de trás da cabeça do empresário.
Questionado como os policiais conseguiram chegar no suspeito, Abreu disse que foi através do cartão utilizado pelo criminoso. Segundo Bruno, o crime está sendo tratado como latrocínio, roubo seguido de morte, uma vez que ele foi até o local com a intenção e obter dinheiro da vítima.
Sobrinho procurou a polícia após o idoso não comparecer no almoço
O desaparecimento do idoso foi registrado no domingo (01.09) por familiares. Segundo o sobrinho, o tio iria almoçar em sua casa, mas não apareceu. Familiares procuraram o idoso em sua residência e ele não foi localizado. Já na empresa, os familiares localizaram somente o veículo. O corpo só foi localizado nessa terça (03).
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